Com mais de 20 álbuns lançados em sua carreira seja em trabalho solo, ou em bandas como Masterplan, Ark, Beyond Twilight, Milenium, Vagabond, The Snakes, Russel/Allen, Dracula e outros, Jorn Land, é sem sombras de dúvidas um dos maiores vocalistas em atividade do Metal mundial.
Mesmo não sendo uma unanimidade no cenário, digo isso pelo fato que o vocalista é pouco lembrado em comparado com nomes como Bruce Dickinson, Rob Halfor, Dio, Ozzy, Dave Coverdale e que seus álbuns não vendem como desses músicos mencionado acima, Jorn é sem sombras de dúvidas uma lenda viva que merece respeito por sua obra incrível e de extrema qualidade.
Comparado como uma mescla entre Dio e Covardela, Jorn nunca escondeu suas origens e sempre fez tributos a essas lendas. Porém, hoje vamos falar de um dos melhores discos lançados por Jorn em sua carreira solo. O álbum Traveller, lançado em 2013, é um registro preciso, pesado e com os vocais do músico bem encaixados e ainda mais rasgados que os normalmente utilizados em suas obras anteriores.
Do início ao fim, temos um disco que beira a perfeição, sem deixar a bola cair e sempre com instrumentais bem escritos, vocais muito bem encaixados e harmonias que cativam o ouvinte desde o primeiro Riff.
A abertura com Overload, mostra de imediato que o álbum será intenso. Com arranjos que fazem você bater cabeça, os vocais de Jorn Lande cativam do início ao fim. Em Cancer Demon, faixa mais Heavy tradicional bem na linha de Dio em seu ápice com Last In Line e Rainbow in the Dark, algo que será frequente nesse registro, a música é encantadora aos ouvidos.
Traveller, faixa que dá nome ao disco, é mais alta e beira ao Hard ‘N Heavy. Uma música que após escutar duas ou três vezes, você se pega cantarolando, confesso que na minha opinião é uma das melhores músicas da carreira do músico. Excelente opção para começar a ouvir esse play, caso ainda não conheça a fundo o trabalho de Jorn Land.
A mais trabalhada instrumentalmente do disco, com quebradas, progressões de guitarras e cadencias precisas, Window Maker, é aquela faixa que comprova a capacidade de Jorn em criar elementos diferentes e não se datar a mesmice de uma faixa a outra, inclusive, nessa música seus vocais são mais sussurrados e suaves.
Legend Man é uma música mais na cara. Seca e direta, a faixa é Heavy Metal puro e em sua essência.
A maior música do disco, Carry the Black, se não fosse composta por Jorn Lande, um desconhecido poderia facilmente achar que era uma faixa lado B do disco Magica de Ronnie James Dio. Essa é uma das que os vocais de Jorn se inspiram no baixinho e considerado Deus do Metal, Dio. Baita música!
Melódica e com várias quebras de tempos, Rev On, não perde em nada as demais e mostra duas facetas, a primeira é a qualidade de Jorn fazer vários estilos diferentes de vocais, a segunda, o excelente time de músicos que o músico possuía nessa época.
A mais Hard Rock do disco, talvez a única desse trabalho, Monsoon, é bem para cima e contagiante.
Encerrando o disco, The Man Who Was King, é outra bem linha Dio. Começando com violões e dando a impressão em ser uma balada, a faixa após seus 1min e meio, explode em cadencias bem ao estilo do baixinho em sua carreira solo e com uma bateria que parece ferro batendo em ferro. Um álbum incrível e que muito tempo não me fazia conceder uma nota 10.
Tracklist:
01 – Overload
02 – Cancer Demon
03 – Treveller
04 – Window Maker
05 – Make Your Engine Scream
06 – Legend Man
07 – Carry the Black
08 – Rev On
09 – Monsoon
10 – The Man Who Was King
Formação da banda:
Jørn Lande – Vocais
Jimmy Iversen – Guitarras
Trond Holter – Guitarras
Bernt Jansen – Baixo
Willy Bendiksen – Bateria