Resenha: Suicide Silence – Become the Hunter (2020)

Um dos grandes representantes do Deathcore, ou da New Wave Of American Metal, passou por bons problemas – se é que existem bons problemas – no início da década, com a perda do seu líder e vocalista Mitch Lucker em um acidente de moto em 2012, o futuro da banda ficou incerto durante algum tempo. Até que em, 2013 a banda se pronunciou que continuaria com o vocalista HernanEddieHermida do All Shall Perish.

A banda então lançou “You Can’t Stop Me” em 2014, com uma recepção boa por parte dos fãs e crítica. O álbum ainda foi bastante aguardado pois continha algumas das últimas composições de Lucker antes de sua morte.

Três anos depois, em 2017 veio polêmico álbum auto-intitulado, onde a maioria dos vocais eram limpos e as músicas tinham uma pegada mais moderna, com influência de Korn e Deftones. Isso gerou até um abaixo-assinado feito por um fã pedindo o cancelamento do lançamento do álbum.

Pois bem, com a promessa de uma volta a sonoridade original, a banda lançou “Become The Hunter“, que chegou dia 14 de Fevereiro ás lojas e plataformas digitais. Já esclarecendo, sim, a banda voltou ao Deathcore agressivo que a consagrou.

O álbum consiste em onze faixas extremamente destruidoras, com o que a banda sabe fazer de melhor, você vai pirar em “Two Steps“, vai bater cabeça com os breakdowns de “Love Me To Death“, vai achar demais a performance do baterista Alex Lopez em “In Hiding“. As coisas só dão uma “acalmada” em “Skin Tight“, onde temos momentos mais cadenciados nos versos, mas a faixa é pesadíssima, não se engane.

Para os fãs que odiaram o álbum de 2017, “Serene Obscene” pode assustar com sua introdução acústica, mas não dura um minuto até você sentir a porrada em seus ouvidos. Encerrando, a faixa-título é brutal, uma pena ser tão curta, mas fecha o álbum com a banda provando que faz um Deathcore com maestria e que não precisa provar nada para ninguém.

A produção de Steve Evetts é perfeita, você ouve tudo com clareza mesmo nos momentos brutais de puros vocais berrados. Destaque para as belas mixagens do baixo e bateria, que destoam tanto nos momentos velozes quanto nos breakdowns. A performance dos guitarristas também encanta, com riffs destruidores. Quanto aos vocais de Hermida, sem palavras, o cara é um dos melhores no estilo.

Para os fãs que se queixaram do último álbum, o Suicide Silence veio com os dois pés no peito, principalmente do engraçadinho que fez o tal abaixo-assinado. A banda provou que pode muito bem fazer seu som tradicional de forma exímia, porém, seria interessante fazerem aquele som mais moderno vez ou outra.

Suicide Silence – Become the Hunter
Data de lançamento: 14 de fevereiro de 2020
Gravadora: Nuclear Blast

Tracklist:
01. Meltdown
02. Two Steps
03. Feel Alive
04. Love Me to Death
05. In Hiding
06. Death’s Anxiety
07. Skin Tight
08. The Scythe
09. Serene Obscene
10. Disaster Valley
11. Become the Hunter

Formação:
– Hernan “Eddie” Hermida (vocais)
– Chris Garza (guitarra rítmica)
– Mark Heylmun (guitarra solo)
– Dan Kenny (baixo)
– Alex Lopez (bateria)

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