Resenha: Blackning – AlieNation (2016)

Depois da estreia com “Order of Chaos, a banda paulista de Thrash Metal Blackning lança seu segundo álbum, “AlieNation”, com a mesma voracidade que a fez ficar entre os grandes nomes de 2014.

O CD acondicionado em embalagem “digipack”, que traz livreto informativo com letras das músicas e imagens do grupo, contém dez faixas bem produzidas no decorrer de seus 32 minutos. Era o mínimo que se podia esperar de Cleber Orsioli (guitarra, vocal, ex-Andralls), Elvis Santos (bateria, ex-Postwar) e Francisco Stanich (baixo, ex-Woslom), que crescem consideravelmente no cenário nacional.

Eles mostram que suas qualidades como músicos vão além de simples palhetadas e barulheira, como se confere em canções como “Weapons Of Intolerance”, que é bastante solta nas cadências e possui riffs tão pesados quanto rasteiros. Em outros títulos como “Dark Days” e “Dyed In Blood”, o som de baixo se notabiliza pela saída do fator comum, em favor de alguns momentos mais atípicos desse instrumento, como solos e arranjos.

Sem dúvida, a cozinha faz a diferença e mergulha profundamente na técnica, pois andamentos harmoniosos como em “Street Just” intercalam-se com partes mais nervosas como em “Two-Faced Liar”. As muitas harmonias executadas por Elvis e Francisco fazem de “AlieNation” um álbum variado, sem repetições.

 Em “Mechanical Minds”, os atrativos são o “feeling” na parte instrumental e boa condução do vocal de Cleber, que também se agiganta nos solos transitados não apenas nessa música, mas em todo o CD.

 Falando de participações especiais, André Alves (ex-Musica Diablo) empresta sua voz em “Corporation”, e Lohy Silveira (Rebaelliun) “urra” em “Devil’s Child”.

A produção ficou a cargo de Fabiano Penna (Rebaelliun), responsável também pela produção do “debut” e que, inclusive, gravou um solo em “Weapons Of Intolerance”. O experiente músico e produtor tem um “background” vasto nessa área, pois já trabalhou em produções de bandas como Chaos Synopsis, Patria, Distraught, Unearthly e outras.

Os tons de azul predominantes na capa do primeiro registro, dessa vez foram substituídos por avermelhados na arte de Marcus Zerma. Adquira este novo trabalho e confira a boa forma em que o Blackning vive, garanto que você não irá se arrepender.

Formação:
Cleber Orsioli (vocal e guitarra);
Francisco Stanich (baixo);
Elvis Santos (bateria).

 Faixas:
01 – Street Justice
02 – Thru The Eyes
03 – Mechanical Minds
04 – Dark Days
05 – Weapons of Intolerance
06 – Dyed In Blood
07 – Devil’s Child
08 – The Rotten Institution
09 – Two-Faced Liar
10 – Corporation

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