Após um pouco mais de um ano desde a sua segunda edição, o Terra Fest, evento organizado pela banda recifense Terra Prima, retornou ao Burburinho Bar (piso superior), localizado no Recife Antigo, para a terceira edição do Festival, que dessa vez teria um ar especial. 

Segundo anunciado pela banda, ali eles fariam provavelmente o último show em Recife por um bom tempo, já que em 2020 eles irão para a Europa em busca por uma segunda turnê no continente, sem previsão de retorno (podendo inclusive toda a banda passar a morar por lá). 

Além do próprio Terra Prima, também tocaram no evento as bandas Phrygia, e a Mr. Madman, sendo a última uma junção de integrantes da banda Dune Hill com o vocalista do Tarja Preta, onde eles fariam um tributo a Ozzy Osbourne. 

Levando em conta a segunda edição do Terra Fest, onde o público lotou o térreo do Burburinho Bar na ocasião, eu esperava um bom número de pessoas no local, sendo algo bem próximo do evento do ano passado. 

Mas, já adianto que o público desse ano não chegou nem perto do ano passado, mesmo com o evento ocorrendo no piso de cima do Burburinho. Não sei os fatores, mas fato é que se o público presente conseguiu chegar na metade do que foi o número do Terra Fest do 2, considerem muito. 

Mas finalmente falando das apresentações, com uma hora de atraso em relação ao previsto, às 23h, a banda recifense Phrygia subiu ao palco com seu metal progressivo melódico.

Em seus 50 minutos de show, a Phrygia tocou as músicas dos seus dois EP’s, sendo eles o “Control” de 2016, e o homônimo desse ano, alguns covers, e uma música nova, que estará no novo álbum do grupo. 

Na ocasião, a banda não contou com o baixista Dinho Andrade, tendo o mesmo sido substituído por Thassio Guilherme e Paulo Cesar, que revezaram em algumas músicas nas cordas graves. 

Como de costume, a banda apresentou um show bastante técnico, e de qualidade, tendo também a ótima potência vocal de Erick Jones a frente. 

Durante a apresentação, eles tocaram a faixa “Charon” pela primeira vez, a mesma fala sobre Coronte, o barqueiro do submundo segundo a mitologia grega, e além disso, também foram tocadas “Is This Love”, cover do Whitesnake, e ‘Turn Away”, cover do Shaman, em homenagem a André Matos. 

O público, que estava em pequeno número, curtiu o show de forma acanhada, tendo os mesmos ficado mais em seus lugares curtindo ao “estilo europeu”, tendo inclusive ficado bem distantes do palco. 

SETLIST: 

  1. Lost Mind (Instrumental) 
  2. Blind 
  3. Battlefield 
  4. Is This Love (Whitesnake cover) 
  5. Charon 
  6. Voice of Darkness 
  7. Turn Away (Shaman cover) 
  8. Overture/Waltz of Death 

Após o término do show da Phrygia, era a hora da apresentação dos anfitriões da festa, tendo o Terra Prima subido ao palco do piso superior do Burburinho quando o relógio marcava um pouco mais de meia-noite. 

O público pode não ter estado em grande número naquela noite, mas mesmo assim, não faltou animação por parte deles durante a apresentação do Terra Prima, isso já começando de “Time to Fly”, faixa a qual eles abriram o show. 

No setlist, a banda tocou músicas do “And Life Begins”, seu primeiro disco de 2010, e também do “Second”, seu último trabalho lançado em 2016, além de alguns covers de clássicos do metal. 

Além do próprio público, o vocalista Daniel Pinho também conseguiu animar a noite mais uma vez com sua ótima presença de palco, tendo ele mais uma vez usado seu pedestal branco com as bandeiras do Brasil e de Pernambuco, que já é sua marca registrada. 

O repertório ficou bem dividido entre as músicas do “And Life Begins” e o “Second”, tendo covers também do Helloween, do Iron Maiden e do Angra, sendo o último mais uma homenagem a André Matos. E além disso, eles cantaram junto com o público o trecho inicial de “Living For The Night” do Viper. 

Toda a banda também se saiu muito bem ao longo da apresentação, coisa que era certeza que aconteceria, pois todos ali são profissionais no que fazem. 

Mas, assim como na edição do ano passado, uma coisa que ficou em falta foram os backing vocals do resto da banda em algumas músicas, dentre elas, Thomas, cujo os vocais de apoio acabam fazendo uma grande diferença na harmonia da canção no final da mesma. 

(E falando em ‘Thomas’, por favor Pinho, fala logo quem c****** foi Thomas rs) 

E claro, não faltou notas bastante agudas por parte de Daniel Pinho, principalmente em músicas como “The Evil That Men Do”, cover do Iron Maiden. E “Nothing to Say” cover do Angra. 

Como mencionei anteriormente, apesar do público está em número pequeno, os que estavam lá mostrando a que vieram, e demonstraram uma grande empolgação, cantando junto todas as músicas do setlist. 

O show se encerrou ao som da faixa “Lifes Carries On”, com Pinho dando uma pequena canja do hino de Pernambuco no final da mesma. 

SETLIST: 

  1. GateZzzZzz/Time To Fly 
  2. Wheels Of Time
  3. Await The Story’s End 
  4. Rise And Fall (Helloween cover) 
  5. Once Upon a Time 
  6. Thomas 
  7. Comingo Home 
  8. The Evil That Men Do (Iron Maiden cover) 
  9. Prelude to Life/And Life Begins 
  10. Essence 
  11. Nothing to Say (Angra cover) 
  12. Living For the Night (Viper cover) [Trecho Inicial] 
  13. Life Carries On 

E acha que acabou por aí? A noite ainda tinha o que oferecer. 

Pouco após o fim da apresentação do Terra Prima, era a hora da banda Mr. Madman subir ao palco para fechar a noite com chave de ouro com um tributo ao Ozzy Osbourne. 

O grupo é formado por uma união de integrantes do Dune Hill, com o vocalista Erik Gielow (Tarja Preta). 

Erik, que é conhecido na cena pelas suas performances bastante excêntricas, incorporou o Ozzy Osbourne de alma em corpo no palco, tendo inclusive cuspido “sangue” em um momento da apresentação. 

O público, que já estava em um número muito menor naquela altura da noite (já eram mais de 2 da manhã), se empolgou ao som dos grandes clássicos do Madman. 

A apresentação também contou com algumas participações especiais, como a da vocalista Duda Gomes (Fire Machine), e de Leonardo Trevas (Dune Hill). 

Já se passavam das 3 da manhã quando mais um Terra Fest se encerrou no Burburinho Bar, infelizmente, não com o mesmo sucesso de público das últimas vezes, mas os shows agradaram a todas que presenciaram a festa. 

Agora ficamos no aguardo para um possível novo Terra Fest, já que agora o Terra Prima irá embarcar para a Europa sem previsão de retorno.