Apesar de muito ouvir falar, a banda britânica Uriah Heep era mais que não me chamou muito atenção nas vezes que me falaram sobre, talvez pelo fato de eu já estar bem saturado com esses estilos mais tradicionais. Mas, independente disso, me foi designado a tarefa para resenhar o álbum “Salisbury”, de 1971, seu segundo álbum de estúdio, aqui no Roadie Metal Cronologia. 

Como mencionei no primeiro parágrafo, o som do Uriah Heep é aquele bastante tradicional, mas se fomos especificar e rotular seu estilo poderíamos dizer facilmente que é um Hard Rock Progressivo, com linhas de Heavy Metal em algumas músicas 

Se baseando apenas pelo “Salisbury”, podemos afirmar com toda certeza que se tem um adjetivo que não cabe para o som do Uriah Heep é “linear”. Todas as músicas do álbum tem uma sonoridade diferente da outra, indo Hard Rock tradicional até a algo mais acústico e experimental. 

A faixa que abre o disco, a “Birds of Prey”, tem uma pegada mais voltada para o Heavy Metal clássico, com o vocalista David Byron usando e abusando dos agudos do início ao fim. 

Enquanto a “The Park” que vem logo em seguida, acreditem se quiser, essa faixa me lembra muito a vibe das músicas da dupla Folk Simon & Garfunkel, por mais que isso pareça não ter sentido para alguns de vocês. E se quiserem que eu seja mais específico ainda, acho essa música muito semelhante a faixa “El Condor Pasa” da dupla em questão. 

Em “Time to Live” voltamos um pouco para a pegada do Heavy Metal Tradicional, tendo essa música me lembrado bastante “Revelations” do Iron Maiden (talvez a donzela de ferro tenha bebido um pouco dessa fonte para fazer suas composições). 

Em “Lady In Black”, a banda começou a soar algo parecido com o Creedence Clearwater Revival, por mais que isso possa não fazer sentido para alguns. Mas, foi essa sensação que eu tive ao ouvir a música. 

Em “High Priestess”, a banda soa com uma pegada mais Hard Rock, enquanto a faixa-título (Salisbury) fecha o trabalho com o bom e velho progressivo (tanto que a música dura ‘apenas’ 16 minutos). 

Não questiono a qualidade musical da banda, pois todas as músicas são muito bem trabalhadas, principalmente na parte instrumental. Mas, esse foi um caso de “não linearidade” que acabou deixando o trabalho sem identidade, parecendo até que são artistas diferente que estão tocando as músicas. 

Pessoalmente, o álbum não me empolga, e um pouco dessa falta de identidade foi um dos fatores para isso (por agora, até ignoro o fato que os estilos tradicionais não tem me descido bem ultimamente). Mas de qualquer forma, vale ressaltar toda a qualidade musical, e principalmente instrumental, dessa obra. 

https://www.youtube.com/watch?v=N0H48bpJziQ

Nota: 8

TRACKLIST:

  1. Birds Of Prey
  2. The Park
  3. Time to Live
  4. Lady In Black
  5. High Priestess
  6. Salisbury

FORMAÇÃO: