A música pesada e sua constante evolução, criam esferas que podem agradar aqueles que possuem ouvidos mais abertos a novidades e desagradar aos que preferem as linhas tradicionais e manutenção do que já se tem consolidado. Após o início dos anos 90, época que podemos constatar a maior revolução que o Metal já sofreu, com o surgimento do grunge, foi no final dessa mesma década que o Nu Metal chegava com seus grooves e alternâncias entre peso e melodia.

Nessa época explodia bandas por vários cantos do mundo, explorando essas nuances cada vez com mais força, bandas essas que podem ser consideradas dos estilos mais remanescentes como o Metalcore, Deathcore, Modern Metal e por ai vai, onde gutural e vocais líricos se confundem e não possuem uma assimilação do que é pesado e o que é melódico.

Uma das bandas percussoras dessa evolução é o Trivium, que em 1999 lançava seu primeiro álbum e aparecia para toda uma juventude sedenta por novidades e diferenciações dentro da música. Entre o ano de sua fundição até 2011 foram cinco álbuns lançados, consagrando a banda e incluindo ela entre os principais nomes ativos do mundo, os credenciando a serem atração nos principais festivais de verão na Europa. Com a chegada de 2013, o álbum “Vengence Falls” chegava ao mercado fonográfico, apresentando ainda mais melodias e menos peso.

Considerado pelos fãs com um registro abaixo de seus antecessores, “Vengeance Falls” possui algumas qualidades, mas confesso que são poucas as que fazem você querer ouvir novamente o álbum. Uma delas é a construção dos breakdonws e grooves que são muito bem elaborados em músicas como “Brave This Storm”, “Vengence Falls”, “No Way To Hell” e “Villany Thrives”.

Porem o ponto mais fraco do álbum é a sua fraqueza em apresentar novidades, o disco é cansativo e a cada faixa, você fica esperando aquele diferencial e nada acontece, uma música após a outra parece mais do mesmo, nada se modifica, chega a ser enjoativo ouvir o álbum por ver que tudo se mantém exatamente igual. Será que eles tiveram medo de errar em novidades? Se pensaram assim, o maior erro foi manter a mesma base e estrutura em todas as faixas de “Vengeance Falls”.

Outro detalhe que não convence é os vocais, não tem como não perceber que tudo está trabalhado, retrabalhado e utilizando de todas as ferramentas disponíveis que os mais avançados estúdios de produção oferecem para tapar falhas e aqueles vocais fracos e sem graça, que é o caso do Trivium. A banda é legalzinha, mas os vocais são sem sombra de dúvidas um dos mais fracos que já escutei em toda minha vida.

O Trivium tem aquela pejorativa de, ou você ama, ou você odeia, eu particularmente me encaixo na segunda opção, afinal a música é interpretativa e essa banda não me traz absolutamente nada de emocional que faça com que eu me apegue as músicas, ideologia ou criação, porém reconheço a importância do grupo em seu um dos nomes mais fundamentais das bandas que conseguem angariar novos jovens para dentro do estilo e manter o Metal como uma música única em todo o mundo.

Formação:
Matt Heafy – Vocal/Guitarra;
Corey Beaulieu – Guitarra;
Paolo Gregoletto – Baixo;
Nick Augusto – Bateria.

Faixas:
01 – Brave this Storm
02 – Vengence Falls
03 – Strife
04 – No Way to Heal
05 – To Believe
06 – At the End of This War
07 – Throught Blood And Dirt And Bone
08 – Villainy Thrives
09 – Incineration: The Broken World
10 – Wake (The End is Nigh)