Apocalypse é o décimo segundo álbum de estúdio da banda alemã de Heavy Metal chamada Primal Fear.

A gravação contou com Ralf Scheepers nos vocais, Mat Sinner no baixo e nos vocais, Magnus Karisson nas guitarras e no teclado, Alex Beyrodt nas guitarras, Tom Naumann nas guitarras e Francesco Jovino na bateria.

https://www.youtube.com/watch?v=ywtjQpv1an4&t=

Para quem esperava um álbum mais inovador, infelizmente não foi dessa vez. Isso não quer dizer que tenha sido ruim, apenas diz que fizeram um pouco de “mais do mesmo”. Apesar disso, o trabalho traz alguns riffs bem marcantes e uma sonoridade agradável de se ouvir, além de muito pesada. O que pesa contra os alemães é a semelhança das músicas entre si, pois ao chegar na sexta ou sétima faixa parece que nosso ouvido espera uma sonoridade um pouco diferente, um tempo diferente, mas não é o que acaba acontecendo.

De qualquer forma, a agressividade e a técnica no trabalho são bem elogiáveis. Scheepers sobreviveu bem ao tempo e talvez sua voz tenha chegado a um nível não alcançado antes, o que é extremamente positivo para o trabalho Apocalypse. A abertura do álbum é bem mais pesada do que estavam fazendo nos anteriores, o que é extremamente agradável e positivo. Aliás, a introdução foi muito bem selecionada e faz uma apresentação muito boa antes do trabalho começar de vez (e muito bem) com a faixa New Rise, som que chega com tudo apresentando o que os músicos fariam durante o restante do trabalho. Infelizmente, a energia apresentada em New Rise não se repete ao decorrer do álbum, trazendo uma ligeira frustração ao ouvinte ao esperar algo que poderia soar ainda melhor.

Mesmo que a apresentação seja bem feita, o trabalho não apresenta riscos: é como se a banda seguisse apenas a mesma fórmula de trabalhos anteriores, mantendo o bom e velho padrão, não trazendo inovação para a sonoridade. Isto não é de todo mal, pois o álbum é até que bom; mas tendo uma banda de tal nível técnico e vê-la sempre seguindo a mesma fórmula faz com que os amantes do Heavy/Speed Metal fiquem sedentos de algo novo que, infelizmente, a banda não parece ter a oferecer.

Os caras têm três guitarristas, mas raramente são exibidos. Você tem suas pequenas batidas de guitarra por toda parte, mas na maioria das vezes ele está engatinhando riffs e power chords espalhados com o toque melódico de Karlsson.

Além da faixa introdutória e de New Rise, outra que merece destaque é Eye Of The Storm. Talvez estas três sejam as que tenham algo diferente a oferecer ao amante do metal que espera algo diferente da banda.

A sonoridade do álbum é boa, as criações são interessantes e o peso colocado no trabalho é muito bem distribuído. A banda sabe se portar, é técnica a ponto de criar introduções, riff’s, solos e melodias que sejam interessantes para o público. A única questão que pesa contra o trabalho é não apresentar algo diferente para o fã que aguarda o trabalho. Mesmo sendo o melhor álbum da banda nos últimos anos, ainda assim deve perante o que a banda já apresentou no início e também àquilo que a banda tem de qualidade para apresentar. Para os amantes do estilo, apenas criar boas melodias e apresentar boa técnica não são suficientes para fazer com que o trabalho esteja numa mesma prateleira dos clássicos do próprio Primal Fear.

As músicas apresentarem certa semelhança em sua apresentação também frustra um pouco o ouvinte, pois é como se várias músicas soassem como apenas uma. A sensação de ser desafiado deixa o fã frustrado ao ouvir o trabalho pois, em vez de estar diante de uma obra-prima que a banda teria condições de produzir, o fã tem que se contentar com apenas mais do mesmo, mantendo qualidade, é claro, mas sendo como se fosse um cover de si mesmo.

Faixas:
01. Apocalypse
02. New Rise
03. The Ritual
04. King Of Madness
05. Blood, Sweat, & Fear
06. Supernova
07. Hail To The Fear
08. Hounds Of Justice
09. The Beast
10. Eye Of The Storm
11. Cannonball
12. Fight Against Evil (Bonus Track – Deluxe Version)
13. Into The Fire (Bonus Track – Deluxe Version)
14. My War Is Over (Bonus Track – Deluxe Version)