Após o sucesso de “Mass Illusion”com vários shows pela Europa, reconhecimento nacional e internacional como uma das principais bandas brasileiras de Thrash Metal, era chegada a hora de preparar o terreno para o sucessor do álbum que alavancou a carreira da banda Korzus.

Eis que a banda Korzus libera em 1995 o álbum “KZS”, o disco apresenta até o momento, a melhor produção e uma variação ritimica maior, mostrando que os músicos da banda evoluíram com os anos e assim o álbum é mais grooveado e possui algumas nuances mais cadenciadas, mas tudo com a técnica e palhetadas características do Korzus.

O disco teve a frente em sua produção o renomado “Steve Evets” que já havia trabalhado com as bandas Misfits, M.O.D., Sepultura, Skid Row, etc. O produtor trouxe um som mais limpo e dinâmico ao grupo, mostrando as facetas individuais de cada integrante, é possível escutar cada nota muito bem executada por cada músico.

“KZS” é um marco importante na carreira do Korzus, mesmo ele sendo pouco comentado, em pesquisas feitas, são raras as resenhas e informações sobre o disco, mas deixando claro que isso não é um desmerecimento ao álbum, pelo contrário, pois nesse disco a banda apresenta um trabalho solido e de alto nível.

Uma das principais características do álbum, que no decorrer dos anos se tornou presença marcante nas músicas da banda, são os riffs cadenciados e marcantes, os vocais de Marcelo Pompeu nesse trabalho são mais graves e os refrões quase sempre são cantados aos coros, trazendo mais peso e força as músicas, é gratificante ouvir músicas como a faixa de abertura “Internally” e “Sadness” que apresentam cavalgadas pesadas das guitarras e uma construção complexa de baixo e cozinha.

https://youtu.be/uzY38hp3p2k

As faixas “Lost Man”, “Short Lived” e “Last Meal”, irão agradar em cheio fãs de Thrash com muito Groove, seguindo a tendência da época, aonde bandas como Pantera, Machine head e outras, surgiam com essa nova cara para o estilo, o Korzus não fica atrás e também adere à proposta da época, mesclando peso e técnica, essas três faixas podem mostrar com mais clareza a evolução natural que a banda foi direcionando seu trabalho.

Uma das principais faixas do álbum, que ate a data de hoje é obrigatoriamente executada nos shows do grupo, é a rápida e cascuda “Nemesake”, impossível não reparar nos vocais fortes e urrados de Pompeu no decorrer da faixa, mostrando que é um vocalista versátil que transita facilmente dos berros agudos ao mais urrado, quase beirando o gutural.

Korzus é uma das poucas bandas que não se vendeu a dinheiro nenhum e muito menos mudou sua proposta musical, após mudanças na indústria, isso se deve muito ao caráter e competência de anos a frente como uma das principais referências do Metal nacional, impossível conhecer um fã de Metal no Brasil que não conheça o Korzus, mesmo você não sendo um profundo conhecedor do trabalho do grupo, fica a dica, KZS é um excelente disco e merece sua atenção, esse é com certeza não o maior, mas um dos grandes trabalhos já lançados no país.

Faixas:
01 – Internally
02 – Sadness
03 – Lost Man
04 – What A Pain!
05 – 5º Shame
06 – BS (A Hole In The Head)
07 – Short Lived
08 – Beware
09 – Cumbacore (R.I.P)
10 – Namesake
11 – Last Meal
12 – The Boss

Formação:

Marcelo Pompeu (Vocal)

Dick Siebert ( Baixo)

Sílvio Golfetti (Guitarra)

Fernando Schaefer (Bateria)

Marcelo “Soldado” (Guitarra)