Má vontade e preguiça: são com estes dois adjetivos que eu consigo definir os meus sentimentos com relação ao AVENGED SEVENFOLD. E hoje no Roadie Metal Cronologia, falaremos de um álbum fraco de uma banda igualmente fraca: o segundo disco da banda, chamado “Waking The Fallen“, foi lançado em 26 de agosto de 2003. Ou seja, dentro de alguns dias completará mais um ano de lançamento. Só que no que depender deste redator que vos escreve, o disco em questão não será digno de matéria, a não ser neste caso aqui, por se tratar de um quadro importante dentro do nosso site.

A banda, que tinha um novo integrante, o baixista Johnny Christ, se reuniu no “NGR Recordings“, em North Hollywood, Los Angeles e na companhia do produtor Andrew Mudrock, a bolacha fora concebida. Foi o último disco gravado neste estúdio, que fica próximo à cidade natal da banda. Posteriormente, a banda acabou por migrar para um estúdio em Huston, Texas. E “Waking the Fallen” fora lançado pela “Hopless Records“.

Segundo a “Wikipedia“, este foi o último disco em que a banda praticou o chamado “Metalcore” e também o último em que o vocalista M. Shadows utilizou dos gritos nas músicas. Bem, eu não fui atrás dos demais álbuns da banda para confirmar a veracidade, prefiro abster-me e crer no que está escrito no site colaborativo. Até porque, esta é uma banda que não me desperta nenhuma curiosidade.

As letras em “Waking the Fallen” giram em torno do fim da humanidade e do Apocalipse, à exceção da faixa “I Won’t See You Tonight“, que é dividida em duas partes, esta trata de situações depressivas e suicidas, numa referência ao antigo baixista da banda, Justin Stane, que saiu da banda por razões pessoais e foi internado para tratamento de bipolaridade emocional.

Então eis que é chegada a hora de ficar por 68 minutos escutando uma coisa que você já sabe, bem lá no fundo que não vai gostar, mas a esperança é a última que morre. Ou neste caso aqui, como diria um célebre jogador de futebol em uma entrevista, a esperança é a única que morre.

Waking The Fallen” é uma intro sem graça e quem lê meus textos sabe que não é implicância com a banda e sim por uma questão de opinião de que essas intros no Metal além de serem chatas, pedantes e clichês, são desnecessárias.

Unholy Confessions” é a música que de de fato abre o álbum e é uma canção sem peso, sem punch, enquanto que “Chapter Four” é tão inofensiva quanto as músicas de Avril Lavigne.

Remenissions” traz um pseudo peso e falsa agressividade, uma tentativa tacanha de se fazer Heavy Metal. E “Desecrate Through Reverence” é vergonha alheia. Gritaria desconexa e guitarras sem sentido.

Eternal Rest” é a mais pesada do disco, o que não significa muito. Essa carrega algumas influências do METALLICA da fase “Load“, o que não quer dizer muita coisa, a não ser que o caro leitor torça o nariz para a fase rápida e pesada do quarteto de San Francisco.

Chegamos à segunda metade do disco e as esperanças de que as coisas se salvem por aqui estão cada vez mais beirando o marco zero. E temos “Second Heartbeat” , cuja introdução é até legalzinha, mas engana a todos, logo que a música se desenvolve, tudo se põe a perder. Em certos momentos da música, parece que estamos escutando Blink 182. Muito genérico.

Radiant Eclipse” até tem bons riffs, mas também não se salva. E ai os caras tentam (N. do R: e vão ficar só na tentativa mesmo) de copiar o PANTERA, que no álbum “The Great Southern Trendkill“, criou duas músicas com o mesmo nome e divididas em parte I e parte II (As músicas em questão são as “Suicide Note“). E “I Won’t See You Tonight, Pt I” mais se parece com uma balada de banda post-grunge. A parte 2 desta música é carregada de um peso que não soa honesto. Uma música mal tocada. O vocalista é péssimo. 

Clairvoyant Diesease” é outra vã tentativa de se fazer uma música boa.E “And All Things Will End” é uma ótima sugestão de título para um disco ruim. Outro som repetitivo, genérico, sem punch, sem a energia do Rock.

E assim chegamos ao fim de um disco que não me deu prazer nenhum em ouvir. De bom aqui só a produção. Mas não adianta, a produção pode ser a melhor, se a música for ruim, não haverá salvação. A sensação ao escutar essa obra é de que o AX7 é tão desprezível quanto as bandas contemporâneas à ela, que fazem esse som tosco, ainda chamando uma aberração dessas de Metal. Não consigo entender como essa banda angariou vários fãs, pior, não entendo nunca como no Rock in Rio de 2013, tiveram a audácia de colocá-los entre o SLAYER e o IRON MAIDEN. Mas seja lá como for, eles tem seu público e é um mérito que eu sou obrigado a reconhecer… Mas certamente eu não pertenço a esse nicho. É uma banda que eu espero não ter que escutar tão cedo e não recomendo a ninguém.

Lineup:
M. Shadows – Vocal/Piano/Teclado
Synyster Gates – Guitarra solo/Backing vocal
Zacky Vengeance – Guitarra base/Backing vocal
Johnny Christ – Baixo/Backing Vocal
The Rev – Bateria/Backing Vocal

Tracklisting:
01 – Waking the Fallen
02 – Unholy Confessions
03 – Chapter Four
04 – Remenissions
05 – Desecrate Through Reverence
06 – Eternal Rest
07 – Second Heartbeat
08 – Radiant Eclipse
09 – I Won’t See You Tonight, Pt I
10 – I Won’t See You Tonight, Pt II
11 – Clairvoyant Disease
12 – And All Things That Will End

NOTA: 1