“Blood of the Nations” lançado em 2010 é o décimo segundo álbum de estúdio do Accept. Foi o primeiro álbum da banda desde “Predator” em 1996.
Lembro bem que logo que ouvi a primeira faixa “Beat The Bastard”, crivei no Orkut, quem lembra?, que Tornillo era melhor que Udo e fui xingado de todas as formas possíveis em tudo que era grupo de Heavy Metal da extinta rede social.
Independente de comparações o Accept fez a escolha certa, Mark Tornillo, ex TT Quick, se mostrou perfeitamente capaz de substituir Udo. O seu alcance vocal pode ser definido como um cruzamento entre Bon Scott e o próprio Udo. Só pra lembrar em bandas como Iron Maiden com Blaze Bailey ou Judas Priest com Ripper Owens as coisas não funcionaram muito bem. O próprio Accept tentou com o vocalista David Reece em 1989 e não agradou. Desta vez, entretanto, o resultado foi diferente.
O guitarrista Wolf Hoffmann, o baixista Peter Baltes e o baterista Stefan Schwarzmann chamaram o antigo companheiro Herman Frank que se juntaram ao já citado, Mark Tonillo e gravaram uma verdadeira volta aos melhores tempos do grupo alemão.
Riffs marcantes, o retorno de Herman Frank ao lado Wolf Hoffmann é destaque de cara, somados a velocidade, o vocal rouco e a excelente produção, cortesia de Andy Sneap, tornaram “Blood Of The Nation” tão poderoso que não fica atrás de nenhum álbum clássico da banda.
No total são doze faixas, sendo que o que eu tenho em mãos vem com a faixa “Time Machine como bônus, a primeira “Beat The Bastards”, é a mais pesada do disco, e não deixa dúvidas de que o Accept retorna com as características que o consagraram. Isso também fica claro em faixas como “Locked and Loaded” (com muitos solos), “Rolling Thunder” e “No Shelter”.
Curtem aquelas faixas mais cadenciadas tipo “Metal Heart”?, aqui tem um monte “Teutonic Terror”, “The Abyss”, “Blood Of The Nations”, “Time Machine”, “Pandemic”, “New World Comin” e “Shades of Death”, com aqueles coros de arrepiar fãs de Heavy Metal, também presentes em “Bucket Full of Hate”.
“Kill the Pain”, é a balada do álbum, com dedilhados e linhas de guitarra no começo e uma bonita melodia.
Esse foi o álbum do Accept que eu mais ouvi na vida, a partir de “Blood Of The Nation” essa banda trilhou caminhos que a levaram a se tornar a “melhor” banda de Heavy Metal da atualidade e pelo nível dos álbuns que vieram depois desse, isso vai durar por muito tempo.
Formação:
Mark Tornillo – vocal
Wolf Hoffmann – guitarra
Herman Frank – guitarra
Peter Baltes – baixo
Stefan Schwarmann – bateria
Faixas:
01 – Beat the Bastards
02 – Teutonic Terror
03 – The Abyss
04 – Blood of the Nations
05 – Shades of Death
06 – Locked and Loaded
07 – Time Machine (bônus USA)
08 – Kill the Pain
09 – Rolling Thunder
10 – Pandemic
11- New World Comin´
12 – No Shelter
13 – Bucket Full of Hate