Aqui estamos finalmente para falar sobre a banda finlandesa WOLFHEART e seu novo, que saiu pela Napalm Records do último dia 28 de setembro de 2018. Estamos falando do álbum ‘Constellation of the Black Light‘, que está sendo muito comentado nos últimos dias e que vem como uma continuação ao ‘Tyhjyys’ (2017 – Spinefarm Records), então talvez seja um bom ponto de inicio pelo novo selo e um bom momento para descobrirmos até onde este projeto cresceu.
Entre muitos comentários eu confesso que esperei a poeira abaixar antes de falar sobre este álbum, talvez a ansiedade do público após o trabalho anterior da banda tenha despertado um ritmo de aceitação e apesar de eu saber como estes músicos evoluíram eu ainda precisava repassar por isso algumas vezes. É claro que vale a pena lembrar que este é um trabalho de “louvor” de Tuomas Saukkonen após deixar todos seus projetos e bandas anteriores no passado – Before The Dawn, Black Sun Aeon, Dawn Of Solace e RoutaSielu.
‘Constellation of the Black Light‘ marca como o quarto full-length do WOLFHEART e um nome crescente para um projeto que teve seu início em 2012/2013 quando Saukkonen gravou e lançou sozinho o álbum ‘Winterborn’ – que alcançou o título de melhor álbum de estréia de 2013 pela Record Store Äx Customers -, dai pra frente um nome pareado a Dark Tranquility, Ensiferum.
Integrando vários shows e festivais, uma turnê em 2017 com Insomnium e Barren Earth, até chegar em 2018 com a participação no 70000 Tons Of Metal Cruise(US) e o Nordic Metal Cruise (SWE), então um passo para a Alemanha no Ragnarök Festival e agora uma turnê americana, então se a dúvida é o quando eles cresceram como banda a resposta é proporcional o roteiro destes músicos.
‘Constellation of the Black Light‘ não se representa com uma longa extensão, em relação à quantidade de faixas, mas atinge os quase 42 minutos de duração em 07 canções disparadas por um trabalho pulsante e massivo. Começando por ‘Everlasting Fall‘, com uma introdução acústica cintilante que logo é arremessada a explosão de energia, onde a voz de Saukkonen é destilada na instrumentação absolutamente lapidada, em 10:24 minutos de força bruta a atmosfera com violinos espairecidos e linhas de solo simples e objetivas, tudo levando a faixa de um tenro inicio até um abismo sombrio.
Mas enquanto você tem uma faixa cheia de energia melodiosa no inicio do álbum você também ganha frequências mais brutas do Death Metal em ‘Breakwater’, e aqui nós estamos falando de algo que ganha o gosto do ouvinte imediatamente com um trabalho visceral da bateria de Joonas Kauppinen.
Chegamos a terceira faixa com um pouco de cadência, reduzindo o clima a planícies sonoras menos tempestuosas em uma instrumentação mais direta embora com uma atmosfera que é o selo do setor escandinavo, além disso some elementos brandos de teclados a voz visceral de Saukkonen. É claro que este é o ponto deste novo trabalho que vai te lembrar rapidamente de uma faixa do trabalho anterior, em ‘World on Fire‘, e apesar de eu ouvir alguns comentários e comparações desta faixa e da seguinte “Forge With Fire‘ com Amon Amarth, eu devo dizer que falamos de sonoridades completamente diferentes.
Eu devo confessar que após ter escutado muito o álbum ‘Tyhjyys’ no ano passado tenho a sensação em faixas como ‘Defender‘ e ‘Warfare’ de ainda estar escutando o mesmo álbum, então quando eles dizem “uma continuação” você pode se apegar a isso porque a sensação é realmente esta.
Talvez se por um lado a sensação seja esta e isto cause uma certa estagnação pra quem sempre espera algo surpreendente e inovador a cada novo álbum de uma banda, por outro lado coloca o nome WOLFHEART como um dos méritos do Melodic Death Metal em 2018, mantendo o nível de qualidade impetuosa, linhas de guitarras cortantes, todo o poder vocal de Saukkonen e Lauri e é claro, está banda encabeça a minha lista pessoal no quesito atmosfera.
Destaque para a faixa ‘Valkyrie‘, última e profusa faixa deste álbum que realmente merece a sua atenção este ano.
Membros da banda:
Tuomas Saukkonen (vocais, guitarra);
Mika Lammassaari (guitarra);
Lauri Silvonen (baixo e backing vocal);
Joonas Kauppinen (bateria)
Tracklist:
01. Everlasting Fall
02. Breakwater
03. The Saw
04. Forge With Fire
05. Defender
06. Warfare
07. Valkyrie
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