Resenha - The Goths - The Death

Sempre fui um grande fã do estilo Thrash Metal, e ao me deparar ao lançamento do álbum da banda The Goths fiquei pasmo pelo peso e qualidade técnica imprimidas nas composições da banda.

A banda que já é uma das veteranas da região de campinas somente agora nos proporciona o lançamento de seu primeiro álbum “The Death”. Calcado no thrash/Heavy oitentista podemos perceber muitos riffs em altas escalas, com baixo e bateria soando em sincronia perfeita.

Apesar de ser o primeiro álbum da banda podemos destacar a qualidade na produção e nas composições. O mais interessante na produção desse álbum é perceber que a banda não mediu esforços para deixar a qualidade do áudio nos moldes dos grandes álbuns gravados nos anos 80.

Formada pelos Irmãos Felipe Disselli (Voz/Guitarras) e Lucas Disselli (Bateria) a banda passou por varias mudanças na formação nesses quase 12 anos de historia e hoje pode se afirmar que com as entradas de Wil Costa (Baixo) e Felipe Hervoso (Guitarra Solo) a banda esta mais forte e solida do que nunca.

Abrindo o álbum a faixa que carrega o nome do álbum “The Death”, com uma pegada forte e direta a banda enche os falantes com riffs em escalas e uma cozinha tocando em perfeição. Uma musica que anda de mãos dadas entre o Heavy/Thrash clássico. Destaque para o duelo de solos que a musica apresenta em seu andamento e ao estilo despojado de cantar de Felipe Disselli.

Na seqüência vem a cheia de variações “Killing your Fate”, essa musica tem aquele típico riff que ao escutar poucas vezes você já se pega cantarolando sem nem perceber. Interessante perceber a construção rítmica feita nessa faixa, em determinado momento a musica quebra e vai se elevando com um solo técnico e rápido bem ao estilo Metallica nos tempos áureos.

Mais voltado ao Heavy metal tradicional a faixa “Kingdom of Sorrow” é mais melódica e cadenciada. Conduzindo uma linha de voz mais debochada, Felipe Disselli inova em certos momentos ao simplesmente balbuciar partes da letra da musica. Destaque para o refrão forte e de fácil assimilação para o ouvinte.

Com uma belíssima introdução feita por violões à balada “Waiting for Changes” é cheia de climas e variações. Transbordando emoções a musica consegue expressar toda a qualidade individual dos músicos. Seja nos momentos mais calmos ou nos solos que dividem as partes da musica.

Em “Me…My Own Enemy” a banda apresenta uma faixa mais voltada ao Thrash Metal, fica evidente a qualidade de criar arranjos pesados e conseguir sincronizar os vocais com perfeição nas linhas harmoniosas da musica. Isso a The Goths consegue executar com perfeição. Um grande destaque da musica fica por conta das guitarras dobradas que em certos momentos relembram Iron Maiden.

“Strange Way of Living” pode ser considerada um clássico do Metal nacional. Uma musica forte e intensa e sem frescura com uma construção perfeita que mescla peso, técnica e muito feeling. Isso sem ressaltar que a letra é de fácil acesso e rapidamente você esta cantando junto com a banda. Solos dobrados em escalas diferentes, bateria saltando por entre os bumbos, baixo preciso e em perfeito sincronia com a bateria e o vocal cuspindo melodia com uma ótima linha de voz.

A sétima faixa “Nightmares In Your Head” é empolgante do inicio ao fim. Seja pela sua força e velocidade, ou pela sua técnica. Os músicos executam em perfeita sincronia varias quebradas e arranjos. Uma ótima musica para pegar a estrada e esquecer o local de destino.

Parecendo um tanque destruindo tudo em “Too Late” temos a derradeira e ótima musica feita pelos músicos da The Goths. Detalhe aos vocais de apoio que casam perfeitamente ao de Felipe Disselli. Destaque ao Lucas Disselli e Wil Costa que comandam uma base que mantem a musica sempre acessa e marcante. Perfeita sincronia e harmonia!!!

Eu tenho a honra de ser o primeiro a resenhar esse belíssimo trabalho da banda paulista The Goths. E posso afirmar com todas as letras que esse álbum será um dos melhores de 2016. Isso por que o mesmo só será oficialmente lançado no ano que vem.