Olá leitor da Roadie Metal.
Nos aproximamos rapidamente do novo ano e é claro que seria impossível chegarmos as festividades sem fazer um grande passeio pelos lançamentos em caráter mundial, ainda mais neste que representou um recorde de produtividade para a indústria da música, e isso indo muito além da linha mainstream e por trás das fronteiras do underground. Se você continua a ouvir a frase que o Rock está morto saiba que a coisa está muito longe disso.
Não é preciso uma busca muito profunda para encontrar novidades por todos os lados do Rock e Metal e por isso vamos leva-los a um passeio daqui até 31 de Dezembro por uma infinidade de bandas e álbuns que a grande maioria nem imagina que saiu, e isso não significa que eles não tenham público, muito ao contrário, as bandas e músicos tem produzido em um ritmo acelerado e ganhando a atenção por ai e posso te garantir que se somarmos a quantidade de novos trabalhos somente este ano batemos a grande maioria dos anos áureos da indústria, basta apenas abrir os ouvidos e ficar ligado porque tem para todos os gostos.
Vamos começando esta viagem com uma banda totalmente fora dos padrões para o momento, falamos de Shadow Adept e seu lançamento de 2017 “Horse of a Different Color“, um álbum profundo, místico, com a psicodelia a flor da pele.
Shadow Adept é uma dupla de rock psicodélico de Austin, TX, composta pelos talentos dispersos e desconcertantes de Chase, Maxwell e Walter Nettles. Geralmente, é uma mistura rock, poesia, blues em um mundo surreal que já parte da capa. O estilo se assemelha muito aos dias malucos do Woodstock Festival somados a The Doors, Iggy Pop e mais uma infinidade de artistas que parecem tem usado uma dose extra de LSD.
O álbum em si já se torna intrigante desde sua primeira faixa “The Secret Kissing of the Sun and Moon“, sintetizadores, muitos teclados e uma guitarra que soa aos ouvidos como uma brisa, deliciosamente interessante. E apesar dos efeitos de voz que tiram um pouco o brilho sentimos em um todo um vanguardismo e um sabor dos anos 60 e 70.
Já “Zamburak (Camel Rider)” trás uma linha mais moderna com um misto de industrial, um tipo vocal que me lembra The Cult, realmente um grande misto de influências. O trabalho é uma viagem maluca a várias vertentes sem perder o foco, como em “Sun-Wukong Accidentally Pisses in the Hand of a Buddha” que trás aquela “pegada” induísta. “The Winter Count” e ” Flowers of Evil” são verdadeiramente divertidas e insanas.
O interessante deste trabalho é a diversidade sonora que ele representa em uma era onde a maioria das bandas ainda soam artificiais mesmo que buscando uma conexão com o passado. Com um pouco de country, progressivo e blues, a dupla propõe uma singularidade em matéria de composição, que em muitos momentos também trás melódias cheias de modernismo ,violinos, e muita criatividade. Tudo pra tirar qualquer hippie do sério, na melhor das intenções.
Você ainda conta com faixas mais intimistas como “Atum’s Salacious Reverie” e “Seven Years in Tibet” que pra quem curte as insanidades do The Doors cairá como uma luva.
É algo que com certeza merece uma divertida audição.
Tracklist
1-The Secret Kissing of the Sun and Moon
2-Zamburak (Camel Rider)
3-Sun-Wukong Accidentally Pisses in the Hand of a Buddha
4-The Winter Count
5-Flowers of Evil (The Bad Dress)
6-Island
7-Matty Groves
8-White Leaf
9-Ender-City Vice
10- Atum’s Salacious Reverie
11 – Seven Years in Tibet
Conheça mais sobre este trabalho:
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7/10