O apresentador e músico Nei Batera divulga a próxima edição do programa Samhain, no qual o mesmo comanda com maestria e qualidade impecável. Confira, nas palavras dele, o que está sendo preparado para a edição que vai ao ar na próxima sexta a partir das 21h.
Com a palavra, Nei Batera:
“Saudações a todos. Para quem não me conhece, sou apresentador e produtor do Programa Samhain, além de colaborador dos programas Pentagrando e Dark Live Sessions, todos pela Dark Radio, cada um com suas características peculiares, já que o Samhain aborda varias tendências do Metal Nacional e Internacional e o Dark Live Sessions funciona como um estúdio ao vivo, onde as bandas se apresentam e são entrevistadas, dando uma geral na sua carreira.
Já o Pentagrando é uma espécie de mesa redonda, onde debatemos sempre um tema pertinente ao cenário musical/roqueiro, onde tanto eu quanto meus colegas Emerson Grasso e Roseli Monteserrate apresentamos nossas opiniões sobre tais temas.
Em um desses programas o tema era o seguinte: ‘Será que daqui a 100 anos, ou até mesmo 1000 anos, as bandas que veneramos hoje em dia ainda estarão fazendo a cabeça da galera roqueira da época?’, ou seja: Será que o Black Sabbath, Beatles, Pink Floyd e afins ainda serão lembrados pela contribuição que fizeram em nome do Rock mundial, ou essas bandas cairão no esquecimento com o passar das gerações?
Um dos pontos que chama a atenção aqui é o conflito de gerações, ou seja, uma vez que uma geração de roqueiros passa, e uma mais nova começa a consumir a música que os representa, muito provavelmente essa turma terá seus próprios ícones e representantes, que não necessariamente são os mesmos da geração anterior. Dessa forma, muito provavelmente a sua banda de cabeceira não passará de um grupo ultrapassado para um adolescente. Já presenciei show em que a garotada de 14/15 anos não conhecia o Korzus, mas estavam ansiosos pelo show do Raimundos que começaria logo após.
Por outro lado, existe o lance ‘de pai pra filho’, onde o roqueiro acaba influenciando seus filhos a gostarem das suas bandas preferidas, e estes por sua vez tornam-se fãs convictos das mesmas, o que faz com que em muitos shows tenhamos uma quantidade imensa de jovens curtindo e usando camisetas do AC/DC, Led Zeppelin, Rolling Stones, Deep Purple, e por aí vai. Tem-se aí uma perpetuação desses grandes nomes que estão passando por entre as gerações. Um bom exemplo disso é quando vemos um jovem de 19/20 anos apaixonado pelos Rolling Stones, pois aprendeu a gostar através de seus pais… como explicar tal fenômeno?
Mas a questão é… Essas mesmas bandas conseguirão sobreviver a mais duas gerações de novos roqueiros? Bandas mais contemporâneas como o Iron Maiden irão ainda atrair fãs daqui a 50 anos? Será que os novos estilos que irão surgir, alguns mais pesados, outros mais ecléticos farão com que a música do Metallica ainda seja potente para essa galera?
Tem mais um ponto que deve ser considerado nessa analise: Quais bandas que estão surgindo agora terão a mesma importância e influência que todas essas que citei acima? Quais dessas bandas irão sobreviver ao tempo a ponto de se tornarem referência de estilo, como vemos hoje em dia?
Voltando aos monstros sagrados do Rock, felizmente, eu prefiro acreditar que essas bandas serão atemporais, e que mesmo passados muitos anos desde sua despedida dos palcos.
(devemos levar em consideração que a idade já está cobrando seu preço para varias personalidades que veneramos), essas bandas ainda serão cultuadas com a mesma paixão que sentimos ao ouvir um disco de vinil do Queen, ou escutar um solo de guitarra do Jimmy Hendrix, e espero que também apareçam novos expoentes que consigam ter a longevidade que esses artistas tiveram.
Finalizo dizendo que esse texto é apenas uma divagação e um ponto de vista pessoal sobre o assunto, portanto podem existir opiniões diferentes das apontadas aqui, mas pelo menos serve de start pra imaginarmos como será o cenário num futuro (não tão) distante.”
Para acompanhar o programa basta acessar o link abaixo da Dark Rádio:
