O habitat do heavy rock sempre foi o underground, isso é fato! No entanto, nas décadas de 70, 80 e parte da de 90, as grandes gravadoras sempre de olho no underground, traziam esses para o mainstream. Led, Sabbath, Purple, Rainbow, Uriah Heep, Judas, Maiden, Queensryche, Accept, Scorpions, Helloween, Metallica… entre muitas outras, nasceram nessa grande época e por isso, tornaram-se gigantes no segmento.

O advento do download, MP3 a pirataria… e outras formas de consumir música, detonou as grandes gravadoras e com isso, forçou o músico a ser polivalente, ou seja, cuidar da própria gravação, masterização e produção de seu próprio trabalho.

Mas, existe um porém… as grandes gravadoras por meio de conhecimento, relacionamento global e entendimento da máquina executiva promocional como um todo, sabiam fazer a exposição em grande escala de uma banda com inteligência e eficiência. Essa é uma tarefa a qual o músico, por mais independente que seja, tem dificuldade imensa em executar.

Em termos de promoção, observem como é custoso nos dias atuais:

– contratar um profissional para construir um site para a banda;

– contratar um fotógrafo para incrementar a imagem da banda;

– contratar um profissional de arte para a capa do álbum;

– contratar um profissional para promover a banda em vários canais;

– um agente executivo;

– um angariador de patrocínio;

– contratar um profissional que entenda de distribuição;

– registrar adequadamente as músicas.

– registrar o nome da banda “marcas e patentes”;

– administrar a imagem da banda…

Percebem?

Promoção, divulgação, fortificação e manutenção da marca, negociação para shows, fortes esquemas de distribuição… eram tarefas que as grandes gravadoras nas décadas de 70, 80 e parte da de 90, faziam com maestria total. Pois, não era somente uma questão de know-how, mas, de traquejo, conhecimento e principalmente saber os contatos e canais adequados para exposição com força total.

O músico de heavy rock aprendeu a se virar no sentido técnico, ou seja, gravar e produzir sua própria música, porém, autopromoção é uma tarefa dificílima e complexa. Marketing, exposição com eficiência, divulgação adequada… é tarefa para profissionais especializados.

Acredito que essa é uma etapa onde o músico ainda não conseguiu ser independente.

E será que conseguirá? Só o tempo dirá…