Na última sexta, 7, completaram 50 anos da primeira apresentação ao vivo do LED ZEPPELIN, ou do que viria a ser. A apresentação não era com este nome, mas a formação já era a da banda que se tornaria uma das maiores de toda a história do rock.

Em meados de 1968, o YARDBIRDS, que contou em sua formação com Jimmy Page, Jeff Back e Eric Clapton estava em dissolução: apenas Page seguia firme na banda, porém, os demais integrantes estavam desanimados com a vida na estrada e com a pouca grana que estava entrando e resolveram abandonar o projeto. Como a banda ainda tinha compromissos para cumprir, Page se juntou ao empresário Peter Grant para encontrar substitutos e a banda passaria a se chamar NEW YARDBIRDS.

Page fechou com o baixista Paul Jones. Eles eram amigos e tocavam juntos em estúdio. Para completar a formação, foram recrutados Robert Plant e John Bonham, da BAND OF JOY, da cidade de Birmingham. E assim, em 7 de setembro de 1968, no Gladsaxe Teen Clubs, na Dinamarca começava a ser escrita a história do LED ZEPPELIN.

Neste show, eles tocaram alguns blues e músicas do YARDBIRDS, como “Train Kept a-Rolling“. Alguns dias depois, a mudança no nome seria feita e hoje sabemos e reconhecemos a importância do LED ZEPPELIN como um dos pilares do estilo. Com relação a escolha do nome, existem algumas versões, porém, a mais provável é a de que John Entwistle e Keith Moon, respectivamente,  baixista e baterista do THE WHO, estavam intencionados em sair da banda e tinham um nome para um grupo que formariam juntos: ‘Lead Baloon‘, Então quando Page e Moon gravaram na companhia de Jeff Back, a música ‘Beck’s Bolero‘, o baterista teria contado na ocasião a sua vontade. Page contou a história ao empresário, que gostou, porém, houve uma suave troca no nome da banda: o Lead daria lugar ao Led e o Balloon sairia para o Zeppelin.

A partir daí, o LED alçou vôos altos: em janeiro de 1969 saia o debut, odiado pela crítica, que dizia que o “disco era obra de uns garotos ingleses fazendo blues barulhento”. Mas as vendas foram aumentando, a banda caiu na estrada e ainda em 1969, o segundo álbum, ‘Led Zeppelin II‘, nascia e como carro chefe, uma das músicas mais marcantes da banda: ‘Whola Lotta Love‘. Com isso, a banda se configurava como uma das grandes, fato que se mantém firme e forte até os dias atuais.

O resto é história, a banda foi se agigantando cada vez mais nos anos 70, lotando estádios e conquistando uma legião de fãs nos quatro cantos do globo. E tudo sob o folclore que ligava à banda como por exemplo, orgias sexuais, rituais de magia negra, uso de drogas pesadas, o que fora negado pela banda anos depois, sob a alegação de que “houve muito exagero (da mídia)”.

A banda ainda lançaria alguns discos (como por exemplo, o ‘Led Zeppelin IV‘, cujos hits “Rock And Roll“, “Black Dog” e “Going to California” se tornando canções obrigatórias do conhecimento de todo e qualquer ser que goste de rock), todos vendendo milhões e rendendo turnês cada vez mais lucrativas, até que em 25 de setembro de 1980, o baterista John Bonham veio a morrer, aos 32 anos, após tomar 2 litros de vodca (ou 40 doses, como o caro leitor preferir). Logo após o ocorrido, a banda anunciou seu fim e anos depois, Page e Plant voltariam a tocar juntos em alguns projetos, além de reunirem-se com o baixista Paul Jones em ocasiões especiais e tocar sob o nome LED ZEPPELIN, acompanhados pelo filho de John, Jason Bonham, na bateria.

E cinquenta anos depois, não há uma pessoa que seja capaz de dizer que o LED ZEPPELIN seja datado, pois a banda segue influenciando e graças a todo o trabalho feito lá nos anos 70, o pilar é bem resistente, impossibilitando qualquer esboço de ocaso.

Fonte: Rolling Stone