Steve Harris revelou em recente entrevista conduzida por Eddie Trunk a reação de Bruce Dickinson ao ver duas músicas de Blaze Bayley, que assumiu o microfone principal da banda entre 1994 e 1999, no repertório da atual turnê, “Legacy of the Beast”. Eles estão tocando “Sign of the Cross” e “The Clansman” – o que não é novidade, já que Dickinson interpreta canções da “era Blaze” desde seu retorno à formação, duas décadas atrás.

“Bruce realmente gosta dessas músicas, então, ele já estava pronto para isso. Acho que mistura um pouco o repertório. Eu sei que esses álbuns não são tão famosos quanto os outros, mas eles têm boas músicas”, afirmou Harris, durante a entrevista.

Eddie Trunk, então, perguntou sobre como os integrantes do Iron Maiden se sentem com relação aos discos com Blaze Bayley – “The X Factor” (1995) e “Virtual XI” (1998) -, já que não foram tão recebidos. “Na época, eu disse que muitas pessoas no futuro iriam entender um pouco melhor esses álbuns e, talvez, dar uma chance a eles. Foi o que aconteceu”, respondeu o baixista.

“Muitas pessoas estão curtindo esses discos agora. Acho que muitos não conseguem superar o fato de que tivemos outro vocalista. Foi uma dessas coisas. Mas obteve uma recepção melhor no resto do mundo. Acho que muitos estão dando uma segunda chance”, completou.

Logo quando voltou, para o álbum “Brave New World” (2000) e sua turnê seguinte, Bruce Dickinson topou cantar “Sign of the Cross” e “The Clansman” nos shows. As duas canções, inclusive, entraram na apresentação feita no Rock in Rio 2001, que foi gravada e lançada posteriormente como CD e DVD ao vivo.

Em entrevistas, Bruce Dickinson não esconde que admira Bayley. “Eu realmente gosto do Blaze. É um cara amável. Na época, pensei: ‘uau, eles poderiam ter escolhido alguém com a voz parecida com a minha’. Porém, escolheram Blaze. Claro, eles pegaram alguém diferente, mas isso veio com um conjunto próprio de desafios”, afirmou, em 2017.

Fonte: Whiplash