Confesso ser um desafio escrever sobre esse álbum, até porque Kamelot é uma banda que conheço (por nome) há muito tempo, mas jamais havia parado para ouvir, estou tendo a oportunidade com esse LP.

Logo de cara o que me acha atenção é a voz de Roy Khan, norueguês, que até então conhecia apenas do disco do Conception – Flow de 1997. Lembrando que esse é seu terceiro trabalho com o Kamelot, antes ele já havia cantado nos discos Siége Perilous (1998) e The Fourth Legacy (1999).

A capa de Karma foi criada por Derek Gores – papéis, revistas, rótulos e jornais são os materiais que compõem o trabalho de Derek Gores, que, em suas colagens, contrasta a beleza presente nas imagens recortadas com a concepção mecânica e abstrata do design.

Mas vamos ao PLAY…
Logo de cara temos a introdução “Regalis Apertura” uma faixa instrumental que nos remete à aqueles filmes épicos de batalhas medievais – Forever vem pra mostrar o poder do álbum, riffs e solos matadores com aquele “cavalgar” muito interessante.

“Wings of Despair” é um som que demonstra bem o poder vocal de Khan, dono de um timbre único, de um modo muito particular de cantar e de criar lindas e cativantes melodias, caso por exemplo de “The Spell” – a quarta faixa.

“Don’t You Cry” é uma Senhora balada, com acordes mágicos e que serve pra dar um respiro no que será a sexta faixa, e título do disco, “Karma”, com aquele início épico também e que logo parte com tudo para o tradicional som da banda, mas com um toque de teclado (que nos lembra um piano) que logo já gruda no cérebro.

“The Light I Shine on You”, sétima faixa apenas serve pra relembrar os tempos de Conception de Khan e para preceder o que em minha opinião é a melho faixa do disco – “Temples of Gold”; que música linda, que arranjo, vocal, linhas de baixo e guitarras simplesmente perfeitas, enfim, vale o disco, ouvi pelo menos 3 vezes na sequência pra realmente ter certeza, e tive, uma música mágica meus amigos…

Na sequência temos “Across the Highlands”, “Elizabeth I: Mirror Mirror” , “Elizabeth II: Requiem for the Innocent” e “Elizabeth III: Fall from Grace”, mas confesso, ainda estava encantado com a faixa oito.
Um belo disco, não para qualquer ouvido, nem para todo horário.

Faixas:

  1. “Regalis Apertura” (instrumental) Miro 1:57
  2. “Forever” 4:07
  3. “Wings of Despair” 4:32
  4. “The Spell” 4:20
  5. “Don’t You Cry” 4:18
  6. “Karma” 5:11
  7. “The Light I Shine on You” 4:15
  8. “Temples of Gold” 4:11
  9. “Across the Highlands” 3:46
  10. “Elizabeth I: Mirror Mirror” 4:23
  11. “Elizabeth II: Requiem for the Innocent” 3:46
  12. “Elizabeth III: Fall from Grace” (silence after 4:14) 11:00

Formação:
Roy Khan – vocal
Thomas Youngblood – guitarra
Glenn Barry – baixo
Casey Grillo – bateria

Músicos adicionais:
Miro – Teclados e arranjos orquestrais
Sascha Paeth – Guitarras adicionais
Farouk Asjadi – Shakuhachi (instrumento de sopro oriental)