Clifford Williams nasceu em 14 de dezembro de 1949, em Romford, Essex, nos arredores de Londres, Inglaterra. Aos 12 anos, mudou-se com sua família para Hoylake, nas proximidades de Liverpool. Ali, mesmo ainda muito jovem, foi influenciado pelo movimento de música beat, também denominado merseybeat ou brumbeat, um gênero popular de música desenvolvido no Reino unido, nos anos 60. A partir daí, Cliff decidiu que queria se tornar um músico de rock. Influenciado por nomes como The Rolling Stones, The Kinks e músicos de blues como Bo Diddley, ele ainda aos 13 anos formou a sua primeira banda com alguns amigos. Aprendeu a tocar baixo por ouvir discos e escolher as notas, por assim dizer. Sua instrução no instrumento era limitada a algumas lições dadas por um baixista de Liverpool.

Cliff Williams

Já com 16 anos, Cliff deixou a escola e dividia seu tempo trabalhando como engenheiro durante o dia e músico à noite. Aos 17 anos tornou-se músico profissional, mudando-se para Londres. Ali, para se sustentar, trabalhou em uma empresa de demolições, bem como em supermercados e ainda tocava em várias bandas, que acabavam tendo curta duração. Uma dessas bandas, a Sugar, tinha além de Cliff, o guitarrista Laurie Wisefield, que mais tarde foi membro do Wishbone Ash. Aos 21 anos, Cliff e Laurie juntaram-se ao cantor Mick Stubbs, o tecladista Clive John e o baterista Mick Cook, formando a banda Home, de rock progressivo. A banda assinou contrato com a Epic Records e lançou no ano seguinte o álbum de estreia Pause for a Hoarse Horse. Ainda foram banda de apoio para alguns nomes mais evidentes do rock britânico, como Jeff Beck, Mott the Hoople, The Faces e até do Led Zeppelin. Em 1972, o tecladista Jim Anderson assumiu o lugar de Clive John e a banda lançou o segundo álbum, auto-intitulado. Desse álbum saiu o single “Dreamer”, que chegou a posição 41 da parada britânica. Com a inclusão do cantor Al Stewart para uma turnê americana, em 1974, que resultou na saída de Stubbs, a banda acabou por se tornar banda de apoio de Stewart e se desfez ao final da turnê.

Home (1973) – Da esquerda pra direita: Cliff Williams, Laurie Wisefield, Mick Cook e Mick Stubbs
Banda Bandit com Cliff Williams (o segundo da esquerda)

Entre 1974 e 1977, Cliff tocou em algumas outras bandas, como a American Band Stars e a Bandit, que incluía o vocalista Jim Diamond e o baterista Graham Broad, que mais tarde integrou a banda de Roger Waters. Antes de encerrar as atividades, o Bandit lançou um álbum, auto-intitulado pela Arista Records e gravou como banda de apoio de Alexis Korner no álbum The Lost Album, de 1977. Após a dissolução do Bandit, Cliff Williams cogitou a possibilidade de se aposentar da música, mas sua vida deu uma virada após ser convencido pelo guitarrista do grupo, Jimmy Litherland a fazer um teste para a banda australiana AC/DC, uma vez que a banda estava buscando um substituto a Mark Evans, que fora demitido naquele ano, após as gravações do álbum Let There Be Rock. Naquela ocasião, a banda australiana, formada em 1973, trazia Bom Scott, nos vocais, os irmãos Angus e Malcolm Young, nas guitarras e Phil Rudd, na bateria. Após ser informado sobre as audições para o novo baixista da banda e vê-la no Top of the Pops, Cliff reagiu positivamente, considerando-os como “os ultrajantes”.

AC/DC com a primeira formação incluindo Cliff Williams, no centro da imagem, com Malcolm Young e Bon Scott, à esquerda com Angus Young e Phil Rudd à direita
AC/DC – Formação clássica: Brian Johnson, Cliff Williams, Angus Young, Phil Rudd e Malcolm Young

A audição de Cliff foi realizada em 4 sessões com a banda e então, ele foi o escolhido para integrar o AC/DC, em 27 de maio de 1977. Uma curiosidade sobre a escolha de Cliff estava ligada a sua boa aparência, em que Angus imaginou que isso atrairia mais mulheres para os shows da banda. Uma vez que Cliff era inglês e não australiano, como o seu antecessor, isso gerou problemas iniciais de visto, para entrar no país. 2 shows secretos, em Sidney, Austrália, marcaram as suas primeiras performances junto a banda. A estreia em estúdio ocorreu no ano seguinte, para o álbum Powerage e dali em diante, Cliff Williams se tornou o baixista eterno do AC/DC, gravando todos os álbuns subsequentes da banda. Assim como os demais membros do AC/DC, Cliff foi induzido ao Rock and Roll Hall of Fame, em 2003. Sobre a sua maneira de tocar e seu papel como baixista do AC/DC, Cliff Williams diz que “não é a linha que conta, é a sensação”, tocando “a mesma coisa em cada música, em sua maior parte. Na música do AC/DC, a canção é mais importante do que a parte de qualquer indivíduo nela”. Ele tenta criar uma camada inferior que direciona o que os outros estão fazendo em cima”. Cliff Williams não tem dificuldade em manter seu perfil inferior dentro da banda, uma vez que prefere tocar com simplicidade. Sua técnica é principalmente centrada em torno do downpicking, com uso ocasional de pizzicato para silenciar as cordas, o que, segundo ele, “adiciona mais definição e aperta as notas, e proporciona ao som menos sustentação.

Cliff Williams

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