Escolhemos 5 bandas por letra, uma vez por semana, para você ampliar seus conhecimentos! Confira mais cinco bandas com a letra L!

L7 – Punk Rock – Origem: Estados Unidos – Formado em 1985

Release: As guitarristas Donita Parks e Suzi Garner foram as responsáveis pela criação da banda, ainda na metade da década de 80. A elas, juntou-se a baixista Jennifer Finche e, já no segundo álbum, “Smell The Magic”, de 1990, a formação clássica estava completa com a entrada da baterista Demetra Plakas.
Esse disco foi lançado pela Sub Pop, gravadora que ficou em destaque com o estouro do Nirvana, cujo primeiro álbum também é de seu catálogo. Na onda de bandas que foram impulsionadas pelo sucesso da cena de Seattle, o L7 veio junto, embora fosse de Los Angeles. Seu segundo disco, “Bricks Are Heavy”, foi o de maior sucesso, tendo sido produzido pelo mesmo Butch Vig que trabalhou com Nirvana, Sonic Youth e Smashing Pumpkins. O álbum gerou vários clipes que rolaram com frequência na programação da MTV.
O trabalho seguinte, “Hungry For Stink”, ainda obteve um sucesso satisfatório, mas a banda perdeu fôlego na sequência. Jennifer Finch saiu e foi substituída por Gail Greenwood, com quem lançaram os discos “The Beauty Process – Triple Platinum” e “Slap Happy”, de 1997 e 1999, respectivamente. Em 2001, a banda suspendeu atividades e assim permaneceram até 2014, com a volta de Jennifer e o lançamento de um novo álbum, “Scatter The Rats”, em 2019.

Músicas de destaque: “Pretend We´re Dead”, “Monster”, “Everglade”, “Andres”

Opinião: O L7 é um grupo de Punk vigoroso e pegajoso, com músicas ásperas, mas carregadas de carisma. “Bricks Are Heavy” foi um álbum importante e suas músicas mais conhecidas estão lá, mas os demais trabalhos merecem – e devem – ser conhecidos.

Novidades: A banda lançou recentemente o single “Fake Friends” com a participação de Joan Jett.

Liege Lord – Power Metal – Origem: Estados Unidos – Formado em 1984

Release: A banda iniciou como um cover do Judas Priest, mas, ao investir no material autoral, tornou-se uma das lendas do Power Metal oitentista americano. O Liege Lord alcançou um relativo grau de popularidade no Brasil, pois seu álbum de estreia, “Freedom´s Rise”, de 1985, foi lançado quase simultaneamente aqui, aproveitando a ansiedade de um público consumidor ávido por novidades do Metal.
Um segundo disco foi registrado, apenas com uma mudança na posição de uma das guitarras, saindo Pete McCarthy e entrando Paul Nelson, mas a alteração mais significativa ocorreu em 1988, por ocasião do lançamento do álbum “Master Control”. Este álbum foi produzido por Terry Date, que trabalhou com Soundgarden e Pantera e representa o momento quando o vocalista Andy Michaud foi substituído por Joe Comeau, que no futuro viria a registrar passagens significativas pelo Overkill – como guitarrista – e pelo Annihilator.
O Liege Lord suspendeu atividades em 1990, mas uma década depois reuniram-se para participar do Wacken Open Air. Desde então, a dinâmica de encontrarem-se para integrar o cast de festivais, ou outras apresentações de menor porte, vem sendo mantida.

Músicas de destaque: “Master Control”, “Darktale”, “Rapture”, “Vials of Wrath”

Opinião: Caso você alimente paixão pela época dourada que revelou nomes como Savage Grace, Omen ou Jag Panzer, a música épica e vigorosa do Liege Lord irá lhe encantar.

Novidades: Sem novidades, mas como a banda vem funcionando de forma intermitente, a qualquer momento pode ser anunciada a sua participação em algum grande festivel.

Loudness – Heavy Metal – Origem: Japão – Formado em 1981

Release: O longo percurso desta banda japonesa, que já lançou trinta álbuns de estúdio, começou em 1981, com o guitarrista Akita Takasaki e o baterista Munetaka Higuchi deixando o Pop Rock da banda Lazy de lado, procurando investir em um som mais pesado.
O Loudness não foi o pioneiro em seu país, tendo sido precedido em alguns anos pelo Bow Wow, mas alcançou alguns marcos, como ser a primeira banda a assinar com um selo americano, dando-os oportunidade de dividir o palco com nomes como Twisted Sister e Motley Crue.
Por um certo período, visando ampliar seu alcance nos Estados Unidos, cederam o posto de vocalista ao americano Michael Vescerra, que gravou apenas dois álbuns e foi substituído pelo conterrâneo Masaki Yamada, ex-EZO. Em 2001, comemorando os vinte anos de carreira, refizeram a formação clássica, trazendo de volta o vocalista Minoru Niihara e o baixista Masayoshi Yamashita, tendo permanecido assim até 2008, quando Higuchi faleceu aos 49 anos, tendo sido substituído por Masayuki Suzuki.

Músicas de destaque: “Crazy Nights”, “Heavy Chains”, “Dream Fantasy”, “In The Mirror”

Opinião: Heavy Metal tradicionalíssimo e conduzido por um guitarrista hiper habilidoso. O Loudness não é Power, Speed ou qualquer das centenas de adjetivos que se agregam ao Metal. É uma música plenamente pura e cativante, recomendada também para quem quer conhecer a origem e o desenvolvimento do estilo saindo do eixo USA/Europa.

Novidades: A banda não tem informado novidades, mas certamente deverá divulgar algo para o próximo ano, quando estará completando seu aniversário de 40 anos.

Lucifer – Doom Metal – Origem: Alemanha – Formado em 2014

Release: A banda The Oath lançou apenas um álbum e a vocalista Johanna Sadonis uniu forças com o guitarrista Gaz Jennings, ex-Cathedral, para formar o Lucifer.
Gaz gravou o primeiro álbum e abandonou o projeto. Para o segundo disco, foi agregado o baterista e guitarrista Nicke Andersson, do Hellacopters. Com essa mudança, apesar da origem da banda ser da Alemanha, pátria nativa da vocalista, todos os demais integrantes são suecos.
O segundo álbum, “Lucifer II” foi gravado com o guitarrista Robin Tiderbrink, que ocupou a vaga de Jennings, e para o terceiro disco, “Lucifer III”, lançado recentemente, mais um guitarrista foi agregado, na pessoa de Martin Nordin. O Lucifer passou, portanto, a ser um quinteto, complementado pelo baixista Harald Göthblad  e pelo guitarrista Linus Björklund, que entrou no lugar de Tiderbrink.  

Músicas de destaque: “Izrael”, “California Son”, “Ghosts”, “Midnight Phantom”

Opinião: Embora Nicke Andersson não seja um integrante original, o Lucifer é o lugar perfeito pra ele, embora sua pegada seja um pouco diferenciada do Hellacopters, mas com o clima setentista predominante por toda a audição.
A influência mais evidente é a do Black Sabbath e Johanna é uma vocalista carismática, dando um molho especial no peso e na vibração das canções.

Novidades: No final de agosto, a banda disponibilizou um novo single intitulado “Dirt in the Ground”.

Lobotomia – Crossover – Origem: São Paulo, Brasil – Formado em 1984

Release: A primeira aparição da banda em disco foi na antológica coletânea “Ataque Sonoro” e seu primeiro álbum autoentitulado, de 1986, foi um dos primeiros e mais importantes lançamentos nacionais dentro de nosso modo de fazer Hardcore Crossover.
Após o segundo álbum, “Nada é Como Parece”, de 1989, a banda dá uma pausa e só retorna efetivamente em 2004, tendo apenas o baterista Grego de sua formação original. Mesmo passando por muitas alterações, lançam o terceiro álbum, “Extinção”, em 2009, e fazem duas turnês pela Europa. “Desastre”, de 2016, é o mais recente trabalho, já contando com os vocais de Edu Vudoo.

Músicas de destaque:  “Só os mortos não reclamam”, “Indigentes do Amanhã”, “Nada é como Parece”, “Desastre Nuclear”

Opinião: O Lobotomia é essencial para quem quer compreender a transição da primeira geração Punk brasileira e da sua fusão com o Thrash.

Novidades: em março a banda disponibilizou, através do Youtube, seis músicas de seu primeiro disco regravadas com a formação mais recente.

https://www.youtube.com/watch?v=aDhFDJm5K0Q