ABC DO METAL APRESENTA – Bandas com a letra K

Escolhemos 5 bandas por letra, uma vez por semana, para você ampliar seus conhecimentos! Confira as bandas com a letra K!

KROKUS – Heavy Metal – Origem: Suíça – Formado em 1975

Release: Tendo iniciado a carreira na metade da década de 70, o Krokus é um dos pioneiros do som pesado em seu país. Possuem um catálogo de 18 álbuns de estúdio e, na maioria deles, principalmente nos mais recentes, a abordagem Hard Rock tem se sobrepujado em relação à pegada Heavy Metal, mas essa última sempre foi praticada com bastante conhecimento de causa.
A banda teve uma significativa exposição durante os primeiros anos da década de 80 e obteve relativo sucesso tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Sua formação sofreu incontáveis mudanças em todos esses anos, mas curiosamente os integrantes da fase áurea tem oscilado entre essas idas e vindas e, hoje, estão novamente atuando em parceria, sendo novato apenas o baterista Flavio Mezzodi.

Músicas de destaque: São muitos clássicos na carreira, mas não deixe de escutar “Heatstroke”, “Easy Rocker”, “She’s Got Everything”, “Long Stick Goes Boom” e a avassaladora “Headhunter”!

Opinião: O Krokus ficou muito marcado pela influência forte de AC/DC apresentada em suas composições. O timbre de voz de Marc Storace ajudou nessa impressão e não faltou quem torcesse para que ele assumisse a vaga deixada por Brian Johnson no grupo australiano, ao invés de Axl Rose.
A música é cativante, pesada e divertida, mas a inclinação Hard, no período em que o Thrash Metal começava a surgir, fez com que os suíços perdessem parte do terreno conquistado. Isso não impediu, porém, que o grupo fosse responsável por pelo menos quatro álbuns clássicos no intervalo entre 1980 e 1983: “Metal Rendezvous”, “Hardware”, “One Vice At A Time” e “Headhunter”

Novidades: Em 2020 a banda vem se apresentando na chamada “The Final Tour”, que consta em seu site com datas até outubro, nos Estados Unidos.

KARMA TO BURN – Stoner Rock – Origem: USA – Formado em 1997

Release:  O K2B, como também é conhecido, originou-se no estado norte-americano da Virginia Ocidental. Desde o princípio, a ideia era fazer música instrumental, mas a gravadora insistiu que teriam que ter um vocalista caso quisessem lançar seu primeiro álbum e assim foi.
O disco não vendeu bem e o vocalista Jay Jarosz foi demitido. Mais dois álbuns foram lançados até que resolvessem desfazer a banda. Em 2010, o retorno foi marcado pelo disco “Appalachian Incantation”, que contém duas faixas cantadas, uma delas com participação de John Garcia, ex-Kyuss.
O trio hoje está estabelecido com William Mecum (guitarra), Eric von Clutter (baixo) e Evan Devine (bateria).

Músicas de destaque: Esqueça, por essa vez, a indicação de alguma música de destaque. Selecione qualquer um dos álbuns da banda e apenas se divirta. A escolha do trio em não nomear suas composições, dando a elas apenas um numeral como título, dificulta criar uma lista seletiva, mas, no fim das contas, o trabalho instrumental funciona mais plenamente dentro do contexto de um álbum completo.

Opinião: São músicos habilidosos, com uma interatividade ímpar. Não poderia ser de outra forma, mas caso a sua praia seja canções com letras e refrãos, pode acontecer de você se sentir desinteressado após algum tempo. Dedique esse tempo, pois valerá a pena. A música instrumental tem muito a lhe oferecer e o K2B transita confortavelmente nos meandros entre o Stoner, o Desert Rock e o Heavy Metal.

Novidades: A banda está em atividade, mas há algum tempo não faz anúncios de novidades.

KRENAK – Death Metal – Origem: Fortaleza – Formado em 2004

Release:  Por cerca de aproximadamente 16 anos, a Krenak tem sido um dos nomes mais importantes do Death Metal cearense. Foram duas demos até o lançamento do primeiro álbum, “Decimation”, em 2012. Na ocasião, o trio formado por Felipe Ferreira (baixo, vocal), Ítalo Leitão (bateria) e David Barroso (guitarra), contava ainda com a presença do guitarrista Rarison Hoff, mas esse permaneceu somente até 2013.
No começo de 2019, prestes a lançar o disco “Under Hatred”, a banda chegou a anunciar sua dissolução, mas mantendo em pauta os planos de lançamento do álbum. Felizmente, voltaram atrás, e prosseguem ativos sem mais percalços.

Músicas de destaque: “Under Hatred” e “Wasted Aeon”, do disco mais recente. “Possessed” e “Self Oblivion”, de “Decimation”. São exemplos fortes da música do Krenak.

Opinião: A música extrema floresce fertilmente no solo cearense. O Death Metal do Krenak possui influências de nomes categóricos como Deicide e Krisiun e não abre concessões. É muito intenso, rápido  e violento, estando em pé de igualdade com o que há de mais brutal atualmente.

Novidades: Infelizmente, por conta da pandemia do COVID19, a turnê que os norte-americanos do Deicide fariam no Brasil foi cancelada. O Krenak iria ser um dos atos de abertura do show de Fortaleza. Nas redes sociais, porém, permanece anunciado o show que será realizado em Fortaleza no dia 16 de maio, junto da banda Necrohunter e outras.

KORPIKLAANI – Folk Metal – Origem: Finlândia – Formado em 2003


Release: Dez anos antes do Korpiklaani, havia o Shamaani Duo, que depois converteu-se em Shaman, antes de assumir a identidade atual. Ainda como Shaman, a banda lançou dois álbuns cantados em Sami, linguagem da Lapônia.
A mudança para Korpiklaani veio junto com a proposta de inserir mais peso nas músicas e, não há como negar, o Skyclad foi uma influência forte. Liderados pelo vocalista e multi-instrumentista Jonne Järvelä, o grupo já contabiliza dez álbuns de estúdio e são presença obrigatória em festivais europeus.

Músicas de destaque: A banda tem algumas canções com títulos bem sugestivos como “Beer Beer”, “Vodka”, “Tequila” e “Let´s Drink”, mas você pode se embriagar também com “Before The Morning Sun”, “Kirki”, “Metsamies” e “Sahti”.

Opinião: Como é possivel não amar Folk Metal? O estilo pega o seu ânimo, onde quer que ele esteja, e dá uma sacudida nele! O Korpiklaani é um dos melhores e mais empolgantes representantes atuais do estilo, com toda aquela vibração de música tradicional europeia.

Novidades: “Kulkija”, seu mais recente álbum, data de 2018. A banda já está postando, em suas redes sociais, vídeos da pré-produção do novo trabalho, ainda sem informações de título ou data de lançamento.

KILLING JOKE – Post-Punk, Industrial – Origem: Inglaterra – Formado em 1978

Release: O ano de 1978 foi o que fez a Inglaterra conceber bandas como The Cure, PIL e Killing Joke. Uma geração que desafiava as regras da música Pop e carregava nos tons sombrios de suas composições.
O Killing Joke atravessou várias fases mas sem perder sua identidade. Desde a levada dançante do Pós-Punk até o peso industrial que ostenta atualmente. Não à toa, o baixista Paul Raven, ex-Ministry e ex-Prong (falecido em 2007) chegou a integrar as fileiras do conjunto por um tempo.
No começo da década de 90, o Killing Joke se separou, mas retornou em 1996. A figura assustadora do vocalista Jaz Coleman amplifica o clima soturno de suas apresentações. O último álbum data de 2015, mas as apresentações ao vivo prosseguem, em paralelo aos concertos Magna Invocatio Talks, onde Coleman aborda as versões de suas composições, traduzidas para um andamento clássico, conduzido pela Orquestra Filarmônica de St. Petersburg.

Músicas de destaque: “The Wait” ampliou a sua popularidade graças ao cover gravado pelo Metallica no disco “Garage Days”. “Requiem”, “Love Like Blood” e “Wardance” fazem um breve resumo pelas fases, mas “The Raven King” se destaca pelo homenagem ao falecido Paul Raven.

Opinião: Pesado, sombrio, tribal, … São tantos adjetivos que podemos utilizar e todos nos transportam para a densidade das composições do Killing Joke. Tendo influenciado nomes como Ministry, Nirvana, Metallica, Soundgarden, Fear Factory e Faith No More, o quarteto escancara os conceitos de underground e de vanguardismo na música.

Novidades: A banda segue agenda normal de shows, mas temporariamente tendo que lidar com os concelamentos decorrentes da COVID19.