Ecleticismo, mistura de tribos, disseminação de culturas diferentes no mesmo lugar e para público mesclado da maneira mais diversa que se possa imaginar… será mesmo válido? Até que ponto se pode ir? Qual será o último fio dessa corda tênue que separa o eclético do “nadazavê ó doido!”? Bom, aparentemente o Sepultura tenta a todo custo encontrar uma resposta a essa questão, pois na última edição do DMX Awards, surpreendeu os expectadores (fique à vontade pra decidir se positiva ou negativamente, pois o ouvido é seu! ) com um medley de seu clássico Refuse/Resist com a música Admirável Chip Novo da cantora baiana Pity, contando com participação do Afroreggae e Afro Lata.

Não é a primeira vez que eles fazem misturas inusitadas assim (todo mundo lembra da Sandy né? ), o que leva muita gente a dar Pitty (não me arrependo do trocadilho podre) e soltar a já clichê frase “a alma do verdadeiro Sepultura saiu junto com Max e Igor”. De fato muita coisa mudou, algumas até positivamente.

O vocal de Derrick Green não perde nem deixa a desejar em relação ao de Max, e o último álbum deixa isso bem consolidado. O que pode -se dizer de tudo isso, é que os caras tem coragem ou não têm juízo ( você decide), e que correm visivelmente o risco de acabarem virando uma daquelas bandas que todo mundo escuta, mas que alguns só o fazem às escondidas (nem vem tentar negar que você adora um The Calling que eu sei! ) .