“Fly To The Raibow”, segundo álbum do Scorpions, deu suas caras no dia 01 de novembro de 1974. Gravado no Musicland Studios e no Sachen Studios, o trabalho pode ser considerado um recomeço na carreira da banda. Os motivos? Vamos lá.
Na turnê de divulgação de “Lonesome Crow”, a banda chegou a abrir para o UFO, e o jovem guitarrista Michael Schenker impressionou bastante os britânicos, a ponto de assumir o posto no UFO. Some-se a isso as saídas do baixista Lothar Heimberg e do baterista Wolfgang Dziony. Klaus Meine e Rudolf Schenker chegaram inclusive a praticamente encerrar a banda. Mas…
Os dois remanescentes fizeram uma junção com músicos de uma outra banda, a Dawn Road, que possuía em sua formação ninguém mais ninguém menos que Uli John Roth (guitarras), Jürgen Rosenthal (bateria) e Francis Buchholz (baixo). A nova formação retomou novamente sob o nome de Scorpions e gravou “Fly to the Rainbow”. O álbum alcançou de cara a 83ª posição na parada musical do Japão.
Musicalmente falando “Fly To The Rainbow” não difere muito de seu antecessor. Mais uma vez, a proposta progressiva dita as regras ao longo do álbum, lembrando em nada o Scorpions mundialmente conhecido nos anos 80, a exceção de dois momentos. “Speedy’s Coming” um Hard Rock bem direto e grudento e “Fly People Fly”, começando ali uma tradição que dura até hoje. A inclusão de baladas em praticamente todos os trabalhos da banda. Destaque também para “Drifting Sun”, onde sem dúvidas o destaque é Uli John Roth, que além de despejar ótimos riffs e solos, ainda assumiu os vocais.
Muito provavelmente o destaque mais negativo seja a capa. Anos mais tarde quando lhe pediram para comentar sobre capa do álbum, o ex-guitarrista da banda Uli Jon Roth disse: “Não me pergunte o que significa essa capa… Eu não gostei desde o começo. Parecia ridículo para mim naquela época e parece muito pior hoje. Foi feito por uma empresa de designers em Hamburgo, que tinham realmente feito um bom trabalho no álbum anterior Lonesome Crow, mas eu acho que o tempo fez eles falharem miseravelmente. Quanto ao significado, só posso imaginar, mas eu preferiria não.” Bom, não se pode ser perfeito em tudo.
Resumo da ópera, “Fly To The Rainbow” ainda traz um Scorpions procurando um estilo próprio, mas como a turma tinha (e ainda tem) um talento indiscutível, o disco proporciona bons momentos musicais. Ali começou a se preparar terreno para o que viria a seguir, mas ai é história para os próximos capítulos…
https://www.youtube.com/watch?v=INtyJDA_D90
Formação:
Klaus Meine (vocais)
Rudolf Schenker (guitarras)
Uli John Roth (guitarras)
Francis Buchholz (baixo)
Jurgen Rosenthal (bateria)
Faixas:
01. Speedy’s Coming
02. They Need A Million
03. Drifting Sun
04. Fly People Fly
05. This Is My Song
06. Far Away
07. Fly To The Rainbow
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7/10