Aqui estamos novamente, de volta a Roadie Metal Cronologia após um certo hiato, e hoje para falar sobre ‘METALIZER‘ o terceiro álbum de estúdio da banda sueca SABATON.
Lançado em 16 de março de 2007 pela Black Lodge Records Metalizer deveria ter marcado a história da banda de maneira muito diferente, sendo supostamente para ter sido o álbum de estréia do grupo, infelizmente a Underground Symphony manteve os direitos durante anos até que em 2005 eles foram entregues a Black Lodge. O resultado disso são os álbuns ‘Primo Victoria‘ e ‘Attero Dominatus’ lançados antes e um certo desgosto por parte da banda para o lançamento de Metalizer em 2007, o que em supra nada mais é do que a versão melhorada do que deveria ter sido a apresentação da banda ao público, ou seja demos e uma grande carga do que a banda se tornou posteriormente, então pelo menos você pode eliminar a possibilidade de ouvir as demos em ‘Fist For Fight’ e escutar o CD duplo com mais qualidade que agrega este conteúdo.
Se com desgosto por parte da banda então útil para os ouvintes, Metalizer entra como uma bomba de peso na carreira deste grupo que manteve as linhas em cima de letras sobre guerra e coisas relacionadas ao Terceiro Reich e é claro a voz de Joakim é uma marca registrada da banda mas neste álbum o SABATON evitou completamente os assuntos sobre guerra e abriu as portas para os temas estereotipados do Heavy Metal, o que consideravelmente gera uma grande diferença aos ouvidos em relação aos álbuns anteriores.
Olhando para o título deste álbum com uma mensagem obvia sobre seu conteúdo, é claro que isso está mais que evidente, então se você quer ouvir sobre motocicletas a banda te entrega Hellrider, ou se você preferir mitologia nórdica eles te entregam Thunderstorm, ou se cristianismo é a bola da vez então suba o volume para Burn Your Crosses, de qualquer forma você encontrará dentro deste trabalho algo que agradará aos seus ouvidos.
Você ainda pode ser guiado enquanto escuta Shadows por uma atmosfera ao estilo de Blind Guardian e provavelmente as letras não são as melhores comparadas a todos os outros álbuns da banda mas não chega ao topo de mencionar isso como algo ruim, apenas realmente diferente no contexto destes músicos e na comparação ao comando de batalha que eles personificaram durante os anos.
Se é diferente? com certeza, a sonoridade geral soa mais alta e latente, mas ainda identificamos o vigor no vocal de Joakim como já conhecemos, fornecendo uma linha bruta ao encarte do ritmo instrumental que por sua vez parece muito mais rápido aqui, isso é o que potencialmente trás ainda mais diferença durante a audição, enquanto outros álbuns da banda contém canções mais lentas ou mais pesadas como por exemplo Wehrmacht, Reign Of Terror ou Ghost Division, só pra você ter uma base sobre a diferença sonora aqui.
Outro detalhe sobre Metalizer é que você não vai conseguir refrões vigorosamente cativantes aqui, com uma breve exceção em Shadows que pode provocar uma sensação muito semelhante a do hino em Primo Victoria.
Acho que até aqui pudemos observar alguns pontos de crítica sobre o álbum mas vale ressaltar os acertos também e é claro que toda banda corre um grande risco quando muda sua linha temática mas ao todo posso admitir que ouvir SABATON sem o fervor sombrio de letras sobre guerra gera um acerto e torna as coisas uma pouco mais divertidas, além do fato que isso é uma constatação que esta banda pode trabalhar sem grandes problemas sobre outros temas, afinal eu não espero que nenhuma banda passe toda a carreira falando sobre as mesmas coisas, veja, os assuntos se tornam repetitivos as vezes, então SIM, compensa você sair da linha primordial de qualquer banda e possibilita-los a nos impressionar, ou no mínimo permitir a todo músico não ter limites.
As linhas vocais ainda soam potentes aqui e igualmente ásperas, as guitarras mais diretas e sem grandes técnicas, bateria e baixo somados a baixos teclados, tudo está aqui em uma considerável versão mais “Light” da banda mas com pura potência, sim, isto é SABATON.
Possivelmente algum fã ocasional não vai apreciar está versão com ritmos mais leves e Power metal da banda, e é claro que alguns álbuns lançados depois de Metalizer também contém sua porção de Heavy Metal, mas em uma analise geral este é um álbum que compensa a audição, então aumente o volume e aprecie.
Se pra alguns apenas um álbum mediano na história da banda, para outros o álbum do ano em 2007, as opiniões divergem, mas você pode aproveitar e nos dizer a sua opinião. Até mais.
Track listing
Disco 1
1. Hellrider
2. Thundergods
3. Metalizer 04:07
4. Shadows 03:29
5. Burn Your Crosses
6. 7734
7. Endless Nights
8. Hail to the King
9. Thunderstorm
10. Speeder
11. Masters of the World
Disco 2 – Fist for Fight
1. Introduction – instrumental
2. Hellrider
3. Endless Nights
4. Metalizer
5. Burn Your Crosses
6. The Hammer Has Fallen
7. Hail to the King
8. Shadows
9. Thunderstorm
10. Masters of the World
11. Guten Nacht – instrumental
12. Birds of War
Membros da banda
Joakim Bróden – Vocals and Keyboards
Sundström – Bass
Montelius – Guitars
Sundén – Guitars
Mullback – Drums
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8/10