Em 1991, o Morbid Angel lançava o estupendo “Blessed Are The Sick”. Uma verdadeira obra-prima quando se fala em Death Metal, o disco veio a comprovar não apenas a qualidade técnica dos músicos, como também, a capacidade criativa da dupla David Vincent e Trey Azagthoth. Não à toa, 8 das 13 faixas que o compõem são de autoria da dupla. E se com “Altars of Madness” (1989) a banda já mostrou seu poderio mortal, com este trabalho não só comprovou isso, como fez com que o grupo se tornasse um dos maiores nomes do estilo.
Produzido por Tom Morris e lançado pela Earache Records, o álbum traz uma sonoridade impressionante. Trazendo em suas composições uma espécie de meio termo entre o que Venom e Slayer faziam, mas com personalidade, o Morbid Angel criou novos parâmetros dentro do estilo. Riffs rápidos e mortais, solos inspirados e a técnica apuradíssima de Trey Azagthoth, que tinha como companheiro de seis cordas Richard Brunelle, faziam, e ainda hoje fazem, a diferença quando o assunto é Death Metal. E o que falar do “monstro” Pete Sandoval? Um dos bateristas mais técnicos e velozes do Metal extremo mundial? Sem contar a performance do baixista/vocalista David Vincent que, concordem ou não, é figura emblemática na formação do grupo.
Em pouco menos de 40 minutos, a banda conseguiu em faixas como ” Brainstorm”, “Day of Suffering”, “Blessed Are The Sick/Leading” (que faixa sensacional!), “Thy Kingdom Come” (riffs espetaculares e linhas de bateria incríveis), “Unholy Blasphemies” (Death Metal como o estilo tem que ser), “Abominations” (outra performance matadora de Azagthoth) e “The Ancient Ones” (onde os solos marcam presença de forma brilhante) transformar este álbum em um dos melhores do estilo. Obviamente que isso acaba variando de fã para fã (eu mesmo, gosto muito de “Domination”, um trabalho que muitos fãs não gostam), mas não há como negar que “Blessed Are The Sick” figura entre os grandes álbuns do estilo.
Depois desse álbum, o grupo lançaria “Covenant” em 1993, considerado o melhor trabalho por uma boa parte dos fãs. Mas isso é matéria de leitura para a próxima parte desta Cronologia… Se você ainda não teve a oportunidade de ouvir essa verdadeira obra-prima, corra atrás e pode ter certeza: você nunca mais ouvirá Death Metal com os mesmos ouvidos…
Formação:
David Vincent (vocal/baixo);
Trey Azagthoth (guitarra);
Richard Brunelle (guitarra);
Pete Sandoval (bateria).
Faixas:
01 – Intro
02 – Fall From Grace
03 – Brainstorm
04 – Rebel Lands
05 – Doomsday Celebration
06 – Day of Suffering
07 – Blessed Are The Sick/Leading
08 – Thy Kingdom Come
09 – Unholy Blasphemies
10 – Abominations
11 – Desolate Ways
12 – The Ancient Ones
13 – In Remembrance
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9/10