Para algumas bandas, parece que os anos fazem um bem maior as suas obras. Claro que não é o caso de todas, mas alguns nomes se sobressaem após várias obras lançadas e a forma como se recriam e apresentam os registros em épocas de celulares, tecnologias e redes sociais.
Um nome que claramente está em pleno vigor e lançando um álbum melhor que o outro após a virada do milênio, é o Death Angel, um dos grandes percussores do Thrash Metal e oriundos de São Francisco, a famosa Bay Area!
Hoje iremos falar do excelente, The Evil Divide, lançado em 2015 via Nuclear Blast e que conseguiu um fato histórico e único para a banda, o primeiro lugar na parada musical “Independent Albums” e a posição de 98 na Billboard 200, ambas listas norte-americanas.
Esses fatos são apenas alguns dos inúmeros motivos que fazem de The Evil Divide, um disco antológico, bem polido, agressivo e fundamental na carreira do Death Angel e, é justamente isso que iremos tentar apontar para você, caro leitor.
Um dos pontos principais ao escutar o álbum, é perceber que não foi economizado em nenhum momento, apresentar ao público, um disco com composições fortes, precisas e marcantes. Todos os instrumentos transitam em perfeita harmonia, e os vocais de Mark Osegueda, mostram que a idade fez muito bem ao vocalista.
Indo direto ao ponto, a faixa de abertura, The Moth, com sua introdução bem construída, rapidamente explode em riffs furiosos que comprovam que essa audição será prazerosa e um grande disco vem por aí. Na sequência, Cause For Alarm, com seu jeitão mais Hardcore, remete aos tempos áureos do início do Death Angel, onde velocidade e peso, direcionavam todo o andar das faixas do grupo.
Lost, terceira do álbum The Evil Divide, é uma das mais arrastadas e progressivas do disco. Nessa faixa, o Death Angel, transitou entre o Moderno e o pesado,fugindo um pouco do contexto inicial, mas ainda assim é uma música legal de se escutar e perceber que os músicos não se pegam a apenas um direcionamento e ousam em experimentar algumas coisas diferentes.
A música, Father of Lies, é interessante por sua mescla de atmosferas, ao tempo que ela vai rapidamente destilando toda a energia de um bom e velho Thrash Metal dos anos 80, ela varia para momentos mais sombrios e cadenciados, dando uma ênfase em como o Death Angel estava poderoso e jogando sério com seu novo trabalho.
Hell To Pay e It Can´t Be This, é uma dobradinha de quebrar o pescoço de qualquer fã de Thrash Metal. Paletas a velocidade da luz, cozinha pulsante e vocais monstruosamente bem cantados, fazem dessas duas faixas, momentos únicos e grandiosos na audição do disco.
Uma das mais trabalhadas do disco, Hatred United/United Hate, tem vários elementos distintos, passagens e contratempos marcantes, além de ser uma faixa elementar ao registro.
Breakaway é outro grande momento do álbum, uma música para se separar meninos de homens. Essa música é aquela que faz com que a banda atraia o público, para logo em seguida, fazer com que todos adentrem no Mosh sem medo ou preocupação, uma composição devastadora!
As dobradinhas finais, The Electric Cell e Let The Pieces Fall, são elementares e fundamentais para que o disco feche com chave de ouro. Ambas as composições acertam em cheio ao que foi proposto, apresentar um disco único e que logo se tornará icônico na carreira do Death Angel, isso se ele já não for considerado por muitos como um clássico da atual fase dos caras.
Tracklist:
01 – The Moth
02 – Cause For Alarm
03 – Lost
04 – Father of Lies
05 – Hell to Pay
06 – It Can’t Be This
07 – Hatred United/United Hate
08 – Breakway
09 – The Eletric Cell
10 – Let The Pieces Fall
Formação:
Mark Osegueda – Vocal
Rob Cavestany – Guitarra
Ted Aguilar – Guitarra
Damien Sisson – Baixo
Will Carrol – Bateria
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9/10