O Heavy Metal é realmente um gênero musical que merece toda nossa atenção e carinho, já que nesta resenha iremos analisar o álbum “The Dream Calls for Blood”, lançado em 2013 pela Nuclear Blast, sétimo disco do Death Angel, nos colocando o desafio de ouvir e escrever com muito cuidado sobre essa joia do thrash da Bay Area norte-americana.
O Death Angel é uma banda incrível, com um som pesado, agressivo, melódico na medida certa, forte, pulsante, sincronizado, preciso, que mescla suas influências dos anos 80 com o moderno. Como não poderia ser diferente, “The Dream Calls for Blood”, é um trabalho coeso, consistente, divertido, empolgante e principalmente muito bem produzido.
A cozinha não poderia ser melhor, a obra produzida neste álbum em particular, é uma verdadeira aula de heavy metal pesado, bem gravado, que arrepia os pelos do braço em vários momentos, um verdadeiro petardo no quesito, “que som pesado é esse”?. Depois, de ter ouvido o álbum inteiro, na íntegra, você fica sem fôlego no final, porque é uma sequência de guitarras, bateria, baixo e vocais tão agradáveis de ouvir, que recomendamos antes de qualquer análise mais pormenorizada, o álbum é simplesmente perfeito, sem muitas novidades no geral, a banda consegue unir a inspiração com faixas cativantes e, sobretudo marcantes.
A base sólida da banda, o nervo nevrálgico do Death Angel é a dupla Mark Osegueda e Rob Cavestany, agregando no primeiro linhas vocais destruidoras, demonstrando toda sua excelência nas músicas, sem uma agressividade exagerada, na dose certa consegue transmitir perfeitamente toda fúria lírica criada pela banda, e o segundo é justamente uma fábrica de riffs diversificados, interessantes e desafiantes, dando todo um sentido matador para as músicas. Completando as estruturas e os alicerces do Death Angel, temos a seriedade musical de Ted Aguilar nas guitarras, com toda sua pegada e experiência como músico sensacional, da todo um charme especial à banda, acompanhado no baixo matador de Damien Sisson, dando conta do recado e surpreendendo no acompanhamento, com sua desenvoltura e qualidades incríveis como baixista e a britadeira orquestrada na bateria com Will Carroll que simplesmente arrasa tamanha é a sincronização com o som produzido pelos restantes dos integrantes, não aliviando na batida e produzindo uma audição para lá de pesada e forte.
Analisando as faixas desse álbum, vamos direto para a faixa de abertura “Left For Dead”, já mostrando toda seriedade de um trabalho especial, com uma levada marcante e insana, a cozinha perfeita para a destruição, instrumental preciso e maravilhosas linhas vocais de Mark Osegueda. Essa faixa é um destaque bacana, mostrando influências evidentes de Slayer, mas com toda identidade peculiar, pesada e vibrante típica do Death Angel.
Concomitantemente com as faixas “Son of the Morning”, “Fallen” e “The Dream Calls of Blood”, esta última representando a faixa título, são tijoladas matadoras do mais puro e sincero thrash metal.
Na sequência vem a faixa marcante “Succubus”, com destaque para a bateria de Will Carroll, performance destruidora, com a dupla de guitarristas Rob Cavestany e Ted Aguilar dando uma verdadeira aula.
A faixa “Execution/Don’t Save Me” inicia lenta, com o toque do violão suave e misterioso, entrando o som da guitarra suave e leve, e de repente, uma implosão de thrash metal direto na goela, o dueto de guitarras com o som dando vontade de quebrar tudo ao seu redor, brutal e visceral, incrível o que conseguiram nessa faixa, ponto alto do disco.
Depois a faixa “Caster of Shame” não é brincadeira, uma incrível diversidade de levadas bacanas e inteligentes ao longo de toda música, vale a pena conferir com calma, matadora do início ao fim.
Em “Detonate” temos uma leve quebrada no ritmo, apesar da densidade e peso dessa faixa, um dos raros momentos um pouco repetitivos do álbum, mas isso não atrapalha em nada, vem mais paulada na orelha ainda.
“Empty” e “Territorial Instinct/Bloodlust” completam o álbum de forma brilhante, não deixando a peteca cair, finalizando com a faixa bônus/cover “Heaven and Hell” do Black Sabbath de forma sensacional, uma homenagem para lá de especial, música linda, incrivelmente feita com capricho na composição, vale a pena ouvir bem alto e cantar junto.
O álbum “The Dream Calls of Blood” dispensa mais comentários, entrou no top 200 da Billbord (posição #72), vendendo incríveis 5.400 cópias na sua 1ª semana de lançamento, demonstrando ser um dos discos que ficarão marcados para sempre como obras de arte do verdadeiro Thrash Metal By Area, merecendo uma avaliação positiva com uma nota 10, indiscutivelmente falando.
Faixas:
1. Left for Dead
2. Son of the Morning
3. Fallen
4. The Dream Calls for Blood
5. Succubus
6. Execution – Don t Save Me
7. Caster of Shame
8. Detonate
9. Empty
10. Territorial Instinct / Bloodlust
11. Heaven and Hell (Black Sabbath Cover) (bônus)
Formação:
Mark Osegueda (Vocais)
Rob Cavestany (Guitarra e backing vocals)
Ted Aguilar (Guitarra)
Damien Sisson (Baixista)
Will Carroll (Bateria)
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10/10