Mais um review na série Cronologia, agora do sétimo álbum da banda Avenged Sevenfold, o “The Stage”, de 2016. Esse é o primeiro álbum conceitual da banda, sobre inteligência artificial. Esse também é o álbum de estréia do baterista Brooks Wackerman.
Eu conheço pouca coisa do Avenged Sevenfold, ouvi algumas músicas da fase metal-core (gênero que a banda se consagrou), ouvi o Nightmare inteiro pela curiosidade da participação do Portnoy (que a propósito gostei muito), e ali já senti uma certa “evolução” da banda (no que diz respeito a mudança de sonoridade.
E falar pra vocês, que grata surpresa esse álbum “The Stage”…, aqui não podemos mais falar que a banda se encaixa como uma banda de “metal-core” (no Nightmare já soavam puramente metal sem a felicidade do core), aqui então estão totalmente progressivos. A abertura do álbum com a homônima The Stage é impressionante, a ponto de eu ver realmente se tinha colocado o álbum certo pra ouvir, com sua introdução épica.
Não entrarei tanto em detalhe de música a música (como geralmente faço nas minhas análises), mas posso falar que o trabalho no “novato” Brooks nesse álbum tá de cair o queixo. Posso destacar faixas como a Good Man (faixa 3) e Simulation (faixa 7) – quando a música fica mais porrada -, a, e não posso deixar de destacar do grande papel de Johnny Christ nos baixos, responsável por incrementar o peso na “cozinha”.
O trabalho instrumental do disco está um primor, com riffs marcantes, trechos misturando o peso com trechos mais quebrados e calmos, como na música Paradigm e Creating God (só pra dar exemplos). A riqueza de contraste das músicas nesse álbum estão realmente marcantes. O trabalho da dupla Synyster Gates e Zacky Vengeance merece um destaque, estão muito inspirados com solos técnicos e cheio de feeling -todas as músicas tem belos solos, como podemos ver na música Angels -.
M. Shadows também está muito bem nesse álbum, “gritando” menos, o vocalista parece mais controlado em suas linhas vocais, mesclando linhas agressivas (com drive) com vocais mais melodiosos e limpos.
Gostaria de ouvir novamente o álbum com mais calma entendo a história de cada letra, mas pelo requinte dos arranjos dá pra perceber que as letras são bem profundas (até pela temática mais futurística e distópica).
Pretendo revisitar mais alguns álbuns da banda, mais acho que esse provavelmente é meu álbum favorito, gosto de bandas que se arriscam nos arranjos e não ligam tanto para “rótulos”. “The Stage” passeia entre o metal progressivo, heavy metal, thrash e outras influências de forma muito orgânica, não deixando a peteca cair até sua última música Exist, que fecha o álbum com chave de ouro com seus 15 minutos (a de longe mais progressiva do álbum). Essa música, a propósito, tem a participação de Neil Degrasse Tyson (o famoso astrofísico).
“The Stage” é um álbum que todo fã de metal, progressivo e principalmente boa música deve ouvir.
Faixas de “The Stage”
1. | “The Stage” | 8:32 |
2. | “Paradigm” | 4:18 |
3. | “Sunny Disposition” | 6:41 |
4. | “God Damn” | 3:41 |
5. | “Creating God” | 5:34 |
6. | “Angels” | 5:40 |
7. | “Simulation” | 5:30 |
8. | “Higher” | 6:28 |
9. | “Roman Sky” | 5:00 |
10. | “Fermi Paradox” | 6:30 |
11. | “Exist” | 15:41 |
Nota: 9,5