Pertencente a nova geração das bandas grandes de metal, os americanos do Avenged Sevenfold continuam dividindo a opinião dos headbangers, mesmo já tendo atualmente 20 anos de atividade, coisa que ocorre por conta da resistência que muitos tem em relação do estilo do Metalcore.
Bom, eu sou do time que defende a banda, e acho isso importante também como uma forma de não deixar o metal morrer quando as grandes bandas clássicas se forem, mesmo que você não curta a mesma. E quem me conhece também sabe que sou um grande defensor para que o metal saia da sua caixinha dos estilos tradicionais e se amplifique mais, explore novos horizontes, se renove e saia da mesmice de sempre.
Na minha opinião, o Avenged Sevenfold consegue fazer tudo isso que eu disse muito bem atualmente, isso vindo de um processo iniciado em 2005 no “City Of Evil”.
Mas, por que digo que esse processo iniciou a partir de 2005? Porque o “City Of Evil” foi o trabalho onde o Avenged começou a se ajeitar mais sonoramente, encerrando uma transição iniciada no “Waking The Fallen”.
Falando finalmente do disco “Sounding The Seventh Trumpet”, lançado em 2001, primeiro do repertório da banda, por tudo que mencionei anteriormente, vocês já devem imaginar qual vai ser minha opinião sobre esse álbum, né?
Definitivamente, se for considerar toda a discografia do Avenged Sevenfold, esse pode ser considerado de longe o pior álbum deles. E isso se deve principalmente por conta dos inúmeros berros exagerados que o Matt Shadows dar em 98% das músicas, chegando inclusive a ser incômodo para os ouvidos, além dos riffs de guitarra que parece que foram feitos de qualquer forma, prezando apenas pelo peso e mais nada.
A única música em todo o disco que consegue sair disso e soar de forma bem mais agradável é a “Warmness Of The Soul”, até pela mesma se tratar de uma balada.
Podemos dizer que nesse álbum a banda tinha uma pegada muito mais “Screamo” do que “Metalcore”, tendo isso começado a mudar a partir do disco seguinte “Waking The Fallen”, enquanto após o “City Of Evil” o grupo passou a ter uma pegada mais “Heavy Metal” com uma sonoridade mais moderna, abrindo mão completamente dos berros.
Mas de qualquer forma, darei um crédito para a banda, pois eles não foram os primeiros, e nem serão os últimos, a terem um álbum de estreia com qualidade abaixo daqueles que o sucederam, pois até as grandes bandas clássicas tem aquele trabalho o qual ele preferem esquecer que fizeram um dia.
No mais, digo que ainda bem que o Avenged Sevenfold de hoje em dia não soa exatamente em nada como o Avenged do “Sounding The Seventh Trumpet”, porque se fosse o caso, provavelmente eles não teriam chegado nem perto de conquistarem o que conquistaram até hoje.
Nota: 4
FORMAÇÃO:
M. Shadows – vocal e teclado
Zacky Vengeance – guitarra
Synyster Gates – guitarra
Dameon Ash – baixo
The Rev – bateria
TRACKLIST:
- To End The Rapture
- Turn The Other Way
- Darkness Surrounding
- The Art Of Subconscious Illusions
- We Come Out At Night
- Lips Of Deceit
- Warmness On The Sou
- An Epic Of Time Wasted
- Breaking Their Hold
- Forgotten Faces
- Thick And Thin
- Streets
- Shattered By Broken Dreams