Bandas, existem muitas por aí. Mas singulares, são poucas. Hoje conhecem-se muitas bandas, mas – verdade seja dita – a maioria soa extremamente igual. Ou mesmo aquelas que não são exatamente mais umas na massa, muitas vezes ainda carecem de refinamento e/ou uma musicalidade realmente potente, ficando, muitas vezes, na eterna promessa.
Vir primeiro com certeza ajuda a tomar a dianteira nas exposições ao público (aliadas, claro, a empresários cheios de contatos), mas há bandas gigantes que não se privilegiaram apenas pelo fato de virem primeiro, e sim pela manutenção de uma sonoridade bem desenvolta e que agrada ao público-alvo. Uma dessas bandas é o Aerosmith, que vem desde 1970 trazendo um Hard Rock característico e incopiável (seja instrumentalmente ou principalmente vocalmente, afinal… Steven Tyler, né), muito embora tenha freado bastante os lançamentos a partir da década de 2000 – algo compreensível dante de uma carreira bem-sucedida e consolidada.
Com “Pump”, lançado em 1989, o conjunto de Boston chegou ao seu décimo álbum de estúdio, que é considerado, para muitos, o melhor disco da banda. Daqui saíram singles como “Love In The Elevator” e “The Other Side”, que acrescentam à musicalidade geral a introdução de teclados e principalmente a harmônica, que se tornaria mais uma peça-chave do estilo Aerosmith de fazer música.
“Pump” é um trabalho bem pensado estruturalmente, entregando uma atmosfera festiva e animada. A positividade da atmosfera contagia, bem como sua velocidade, uma vez que as canções são geralmente batidas, com pesadas distorções bem Rock ‘n’ Roll (flertando com o Glam) e os solos são primorosos e empolgantes. Claro, nem tudo é apenas ritmo pegado – temos também “What It Takes”, balada para descansar os ouvidos ao fim do disco e encerrar com classe.
Até hoje, o trabalho já vendeu mais de sete milhões de cópias só nos Estados Unidos e é o segundo mais vendido da banda naquele país, empatado com “Get A Grip”, seu sucessor, lançado em 1993. O mais vendido é o “Toys In The Attic” (1975), com oito milhões de cópias vendidas por lá. “Pump” ainda foi certificado ouro na Alemanha e Reino Unido, e foi sete vezes platina tanto no Canadá quanto nos Estados Unidos. Em 1990, ainda veio o Grammy de Melhor Performance de Rock Por Uma Dupla ou Grupo Com Vocal.
Formação:
Steven Tyler (vocal, teclados, harmônica);
Joe Perry (guitarra);
Brad Whitford (guitarra);
Tom Hamilton (baixo);
Joey Kramer (bateria).
Faixas:
01 – Young Lust
02 – F.I.N.E.
03 – Love In An Elevator
04 – Monkey On My Back
05 – Janie’s Got A Gun
06 – Dulcimer Stomp/The Other Side
07 – My Girl
08 – Don’t Get Mad, Get Even
09 – Hoodoo/Voodoo Medicine Man
10 – What It Takes
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8/10