Quarto álbum com o excelente vocalista Mark Tornillo – músico que deu sangue novo à banda. Primeiro trabalho a contar com o guitarrista Uwe Lulis e o baterista Christopher Williams, substitutos de Herman Frank e Stefan Schwarzmann respectivamente. Décima quinta pedrada de uma discografia riquíssima e consolidada. Uma aula (mais uma) de Heavy Metal. Esse é um pequeno resumo de “The Rise of Chaos”, o mais novo disco do grande Accept.
O trabalho é excelente a começar pela belíssima arte de capa, criada pelo húngaro Gyula Havancsák. Nas palavras do guitarrista Wolf Hoffman: “A capa é o visual de nosso último palco, mas claramente destruído, como se fosse após uma catástrofe”. No momento em que tem início a faixa de abertura, “Die By The Sword”, a sensação é de que, ao que tudo indica, estamos diante de um grande disco. Riffs muito bem trabalhados, refrão com um forte apelo melódico e marcante, além dos vocais arrasadores e característicos de Tornillo.
Na sequência vem “Hole in the Head”, faixa mais cadenciada, mas que mantém o peso apresentado em “Die By The Sword”. Destaque novamente para o refrão. Como esses alemães sabem encaixar refrãos fortes e certeiros. Os solos recheados de wah-wah se mostram extremamente adequados dentro da música.
Mais uma vez vale ressaltar a qualidade da produção. O responsável é Andy Sneap, umas das maiores referências dentro da música pesada e que já vem trabalhando com o Accept desde seu retorno com o estupendo “Blood of the Nations”. A qualidade de som beira à perfeição. O timbre e a mixagem do baixo pulsante de Peter Baltes estão arrebatadores.
O trabalho segue com faixas mais rápidas e momentos mais cadenciados, mas não perde a força. Outras músicas que merecem ser mencionadas são: Koolaid, com uma pegada mais Hard e que ganhou um lyric video; “What’s Done is Done”; a veloz “Carry the Weight, um refrão fenomenal; além da faixa título, “The Rise of Chaos”, que já possui videoclipe.
A banda iniciou a nova turnê em 3 de agosto, ou seja, um dia antes do lançamento do disco em um show emblemático e histórico no Wacken Open Air, onde tocou seu set usual, com músicas novas e antigas, em seguida o guitarrista Wolf Hoffman apresentou músicas de seu álbum solo “Headbangers Symphony” com uma Orquestra Sinfônica e, em um terceiro momento, a banda tocou acompanhada da orquestra. Uma maneira única e digna para lançar um álbum tão bom e parte de uma carreira repleta de discos sublimes.
Formação:
Mark Tornillo (vocais);
Wolf Hoffmann (guitarra);
Uwe Lulis (guitarra);
Peter Baltes (baixo);
Christopher Williams (bateria).
Faixas:
01 – Die by the Sword
02 – Hole in the Head
03 – The Rise of Chaos
04 – Koolaid
05 – No Regrets
06 – Analog Man
07 – What’s Done is Done
08 – Worlds Colliding
09 – Carry the Weight
10 – Race to Extinction