Vorgok: a junção de todos os males do passado, presente e futuro.
É essa a forte denominação do título dessa banda oriunda do estado do Rio de Janeiro. O grupo foi formado em 2014 pelo guitarrista / vocalista Edu Lopez (Ex Explicit Hate e Necromancer) e o baixista João Wilson. E em pouco mais de dois anos de trabalhos de composição e ensaios, a Vorgok nos presenteia com seu álbum de estreia, o ótimo “Assorted Evils”.
Lançado mais precisamente no dia 2 de novembro de 2016, “Assorted Evils” traz uma sonoridade calçada em grandes nomes do Thrash Metal mundial, principalmente com o Slayer. O trabalho foi gravado no Kolera Home Studio, e teve a produção, mixagem e masterização a cargo do produtor Celo Oliveira, que diga-se de passagem, casou perfeitamente com a proposta musical da banda.
De cara, já destaco a arte gráfica do trabalho realizado pelo artista gráfico Raphael Efez. Uma capa em tons escuros e densos, trazendo uma macabra figura já convida o ouvinte a perceber a porrada sonora que o aguarda. O CD vem em uma embalagem digipack, bem com um belo encarte trazendo as letras e informações adicionais da banda.
Musicalmente, como já mencionado acima, a principal influência do grupo é o Slayer, mas a Vorgok em nenhum momento soa como uma cópia. O grupo soube com proeza usar essa influência e criar uma identidade musical própria, que deve agradar tanto os mais novos fãs como também a geração mais antiga. Liricamente, os assuntos não podiam serem outros. Uma abordagem por todos os problemas e males que assolam a humanidade, levando o ouvinte a fazer reflexões a respeito das mazelas atuais do mundo.
Mas aqui, destaco aquele que ao meu ver foi o único pecado de “Assorted Evils”. Embora a bateria tenha sido resultado de uma bem elaborada programação realizada pelo produtor Celo Oliveira, penso que uma sessão com um baterista poderia ter ainda dado mais feeling e brutalidade ao trabalho. Mas claro, afirmo que isso não tira os méritos do conjunto completo da obra.
Então caro ouvinte, recomendo-lhe conhecer mais essa ótima banda nacional. E como já disse em resenhas passadas, não há dúvidas de que a Vorgok está no caminho certo, e que se levarmos em conta que ainda há espaço para melhoramentos e evolução, frutos melhores ainda aparecerão, certamente.
Formação:
Edu Lopez (guitarras e vocais)
Bruno Tavares (guitarra)
João Wilson (violão e baixo)
Jean Falcão (bateria – session drummer)
Faixas:
01 – Deception In Disguise
02 – Huinger
03 – Kill Them Dead
04 – Last Nail In Our Coffin
05 – Antagonistc Hostility
06 – Hell’s Portrait
07 – Headless Children
08 – Man Wolf To Man
09 – Drowning (instrumental)
10 – Mass Funeral At Sea
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8/10