No texto de hoje eu começarei falando de games, e vocês entenderão o porquê.
Imagino que boa parte de vocês devem conhecer o jogo “League of Legends”, né? Esse que atualmente um dos games online mais populares do mundo, e que gera mais de milhões de dólares em lucro, tendo inclusive um forte cenário competitivo nos chamados “e-sports”.
Apesar de já ter sido um jogador do game em questão, não entrarei em detalhes sobre o como o mesmo funciona, pois desvirtuaria muito o texto com informações que no fim não seriam relevantes para o mesmo.
No mais, o que vocês precisam saber referente ao jogo é que lá por meados de 2012, o game criou as chamadas “skins” (um visual diferenciado para os personagens) para cinco personagens (Sona, Yorick, Mordekaiser, Olaf e Karthus), que foram intituladas de “skins Pentakill”.
Ai você que é leigo do jogo me pergunta: “Como assim? Que porra é essa?”.
Bom, em resumo, caracterizaram esses cinco personagens como se eles fossem integrantes de uma banda de metal, que no caso se chamaria “Pentakill” (que a nível de informação, é o nome dado quando um jogador consegue matar cinco inimigos em sequência).
De início, essas “skins” eram apenas decorativas e que vocês poderiam comprar na loja do jogo para caracterizar os personagens em questão. Mas, em 2014, a Riot Games (empresa desenvolvedora do League of Legends) decidiu trazer dar vida a banda Pentakill.
Ai vocês perguntam: “Como eles fizeram isso?”
Simples, eles juntaram uma galera de peso (a qual falaremos com mais detalhes daqui a pouco), e gravaram assim o primeiro álbum completo da banda Pentakill, intitulado “Smite And Ignite”.
A galera de peso que eu falei anteriormente, são ninguém mais, ninguém menos, do que nomes como Jorn Lande, ZP Theather, Tommy Lee, Mike Pitman, Derek Sherinian, Danny Loher e Per Johansson. Nomes muito provavelmente conhecidos pela maioria de vocês.
O “Smite And Ignite” veio com 8 faixas, sendo 4 cantadas (duas pelo Jorn e duas pelo ZP), tendo três instrumentais e uma intro.
Para que não fique nenhuma dúvida, até pelos músicos envolvidos percebe-se que a sonoridade ficou puxada para o Power Metal, o que fica bem claro nas faixas cantadas. Inclusive, a escolha dos dois vocalistas foi a mais feliz possível, Jorn Land abriu os trabalhos com “Lightbringer” com tudo, e fez um ótimo trabalho também em “Thornmail”.
Enquanto a ZP Theather, que é um cara que costumava cantar músicas mais aceleradas no DragonForce, acabou casando melhor com toda a proposta de batalhas épicas do Pentakill, dando uma alta performance vocal nas faixas “Deathfire Grasp” e “Last Whisper”.
Das instrumentais, a que se destacou melhor foi a “Ohmwrecker”, por toda a energia que passa, e por casar bem a técnica e velocidade do Power Metal com sintetizadores mais eletrônicos. Enquanto a “The Hex Core” acabou ficando com uma sonoridade mais deslocada por ter muito mais elementos do Industrial e quase nada de Power Metal.
Uma coisa que não ficou muito clara foi porque a intro “The Prophecy” foi posicionada como sexta música, pois é aquela típica introdução que poderia muito bem ser utilizada para abrir o álbum, e com certeza faria muito mais sentido se tivesse sido colocada dessa forma.
O disco se encerra com a também instrumental (e orquestrada) “Orb of Winter”, que dar um bom ar de “grand finale” para o primeiro trabalho do Pentakill.
Para uma primeira experiência com uma banda fictícia, o Pentakill deu um resultado acima do esperado. Mas, ainda assim pecaram um pouco com a montagem e ordenação do repertório, mas nada que tire muito a qualidade técnica e sonora de tudo que foi feito.
Nota: 8
Pentakill – Smite And Ignite
Data de lançamento: 03 de junho de 2014
Gravadora: Independente
Trackilist
01 Lightbringer
02 Deathfire Grasp
03 Ohmwrecker
04 Last Whisper
05 The Hex Core
06 The Prophecy
07 Thornmail
08 Orb of Winter
Formação
Karthus – vocal
Mordekaiser – guitarra
Yorick – baixo
Sona – teclado
Olaf – bateria