Costumo dizer que avaliar e apreciar um disco instrumental é a mesma coisa de avaliar um quadro, aqui temos de ficar atentos ao tema, qualidade, tons, cores, proporções e não deixar os detalhes passar por despercebidos. Assim vou resenhar “Labyrinth” disco de estreia do guitarrista Patrick Pedroso lançado em 2015.
“Labyrinth” traz uma proposta bem interessante que a meu ver descreve através de riffs e solos o labirinto da vida, isso pode ser notado avaliando o conceito do nome do álbum junto de suas onze faixas. Ao entrar neste labirinto de sentimentos que é a vida humana, podemos afirmar que serão vários os tropeços, acertos e sentimentos até o cume de nossa liberdade física e espiritual. Através deste prisma “Labyrinth” desdobra-se representando as etapas da vida faixa após faixa, começando através de novos caminhos (New Ways – faixa 01), passando por momentos de turbulências e tempestade (Rage of the Storm – faixa 02), porém sempre ansiando e buscando por dias melhores (New Days – faixa 05), para no fim podermos gozar de tranquilidade e liberdade (Freedom – faixa 11).
Claro que não é uma tarefa simples se encontrar no labirinto da vida, já que ele nos faz fraquejar em muitos momentos nos deixando em pedaços (Only Ashes – faixa 03), fazendo com que nossa alma grite aos quatro cantos por revolução, seja ela física ou mental (Revolution – faixa 04), e quando essa revolução chega e transforma as paredes deste labirinto em simples cortinas de percepção, somos agraciados com um novo mundo (The New World Was Born – faixa 07), que por fim nos trará tranquilidade junto a nossa consciência ( Sounds of Mind – faixa 10).
Tecnicamente “Labirynth” traz um músico dedicado e caprichoso que conseguiu pintar com sua guitarra um quadro repleto de cores (diga se técnicas), variadas que não chamam a atenção somente pela execução, mais sim pela alma entregue em cada “pincelada” executada por Patrick Pedroso, transformando seu trabalho numa pintura de proporções dignas dos grandes.
Vale destacar os ótimos músicos que participaram do trabalho como o baterista Jarlisson Jaty o baixista Marcos Janowitz, alem dos guitarristas Jaison Danielli e Karim Serri, mais o tecladista Anghelo Rodrigues. Vou encerar essa resenha com as frases do falecido guitarrista Paulo Schroeber encontradas no encarte de “Labyrinth”, já que ela define muito bem o enredo do disco:
“ A vida é uma eterna provação e prove a você mesmo que você consegue, para que no fim das contas você esteja sentindo que o trabalho foi finalizado com êxito, mesmo que com muitos sacrifícios e dificuldades”
Formação:
Patrick Pedroso (guitarra, violão);
Marcos Janowitz (baixo);
Jarlisson Jaty (bateria).
Convidados:
Jaison Danielli (guitarra);
Karim Serri (guitarra);
Anghelo Rodrigues (teclados).
Faixas:
01 – New Ways
02 – Rage of tTe Storm
03 – Only Ashes
04 – Revolution
05 – New Days
06 – Some Creations
07 – The New World Was Born
08 – Inspiration
09 – Visions of Time
10 – Sounds of Mind
11 – Freedom
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8/10