Bem vindos ao território gelado onde o Metal reina! Chegou a hora de atravessarmos os fiordes gélidos e encararmos o cenário norueguês além das fronteiras do Black Metal e a minha escolhida de hoje é a banda MATANZICK de Elverum.
Com uma linha de Heavy Metal afiada, muito semelhante a bandas da NWOBHM, o Matanzick iniciou as atividades em 2010, mas a experiência dos músicos trás uma carga de longa data, antes disso. Este tempo com certeza aperfeiçoou suas habilidades em várias outras bandas, com todos ganhando experiência em suas localidades, os caras uniram forças para gravar Matar em fevereiro de 2010, e de lá pra cá eles não pararam. Eles agora estão se estabelecendo como uma das mais potentes bandas ao vivo do leste da Noruega, produzindo um linha de Heavy Metal corpulenta e ousada, com elementos melódicos e de Thrash.
A banda Matanzick trás uma apresentação de palco muito próxima do que encontramos em estúdio, inspirando-se numa variedade de influências. As harmonias de guitarra suaves, bem como os riffs que pulverizam o cérebro e proporcionam uma experiência dinâmica ao vivo em todos os shows, isso sem dúvida traz uma energia surreal ao público, um tiro certeiro! Confira abaixo:
‘Scars of Insanity’ é o primeiro álbum de estúdio da banda, lançado pela Insane Records em 10 de Janeiro de 2014, e sem dúvida isso é o que eu chamo de andar na contra-mão do cenário nacional norueguês, e esse detalhe fica evidente desde o primeiro minuto de audição do álbum em “Bad Old Habits Die Hard” que terá poucos instantes da escuridão escandinava antes que a faixa exploda em uma linha Heavy Metal vigorosa com notas picantes do Thrash.
Eu adoro como a voz de Tore Lunner se encaixa a isso, com um vocal simples mas na medida correta, agressivo e feroz, com muita da influência das bandas da Bay-Area, e isso torna o trabalho realmente interessante.
“Sue Me in Hell” e a faixa título “Scars of Insanity” mantém uma proximidade muito grande com grandes nomes como Exodus e Forbidden, o baixo soa robusto por trás das guitarras e tudo parece cru mas apenas no aspecto de identidade sonora, no geral o álbum é composto de uma forma muito coesa e instiga o ouvinte. A atitude nas cargas vocais e das guitarras me lembrou Metallica nos bons tempos, jovens e raivosos, é uma ótima dinâmica, nunca falha.
“The Machine” e “Rules of Engagement” são minhas favoritas neste álbum, extremamente pulsantes. É não é atoa que aquele ar de Metallica paira sobre este trabalho, em entrevista para Chris Rivers, do Heaven’s Basement, o vocalista Tore comentou sobre as influências, incluindo Pantera, enquanto o guitarrista Fredrik peça para Queen, tudo isso somado a experiência de todos com certeza dispõe uma banda multifacetada mas que encontra um equilíbrio singular, o resultado é uma álbum destruidor.
As guitarras afiadas em “Underworld” e “Matar” mescladas a uma sonoridade mais cadenciada tornam o final do álbum um pouco mais lento, no entanto isso é realmente agradável neste ponto, e de todas as formas isso soa totalmente diferente de todo o cenário norueguês.
“Matar” também trás um detalhe relevante quando descobrimos que ela foi escrita por Tore enquanto ele lutava contra o câncer, e que energia agressiva convertida de forma sagaz isto com certeza se fez. Fredrik tocava piano e guitarra antes de acabar como um baixista. Os outros companheiros de banda são Ole Kristian Oestby na guitarra e Pal Gundersen na bateria. Eles criaram o nome Matanzick.
Em maio de 2013, eles fizeram uma turnê na Noruega com a banda americana Death Bed Confession, que adorou tanto os caras que os convidaram para os Estados Unidos para fazer uma turnê com eles. Em junho, eles voaram para shows em Salt Lake City, Las Vegas, Los Angeles, San Diego, Phoenix, Albuquerque e Denver, então creio que tudo isso trouxe uma experiência excelente para a banda.
Talvez em meio a tantas novidades e linhas diferentes sendo utilizadas dentro do Metal atual isto pareça realmente deslocado no tempo mas acredite, para aqueles que apreciam as linhas Old School isso certamente soará tão fresco quanto antes, um grande ponto positivo dentro do cenário sombrio norueguês.
Estou realmente ansiosa pra ver o que esses caras vão trazer a seguir.
Track listing:
01. Bad Old Habits Die Hard
02. Sue Me In Hell
03. Scars Of Insanity
04. The Machine
05. Rules Of Engagement
06. Underworld
07. Matar
Membros da banda:
Tore Lunner – Vocal e Guitarra rítmica
Ole Kristian Østby – Guitarra solo
Fredrik Vindfallet – Baixo
Pål Gundersen – Bateria
Conheça a banda:
-
8/10