O mais novo festival da cidade de São Paulo, Rockfest, aconteceu no Allianz Parque, no último sábado (21) e cumpriu a expectativa defazer uma viagem no tempo, com grandes clássicos de várias geraçõs do rock pesado e do heavy metal.
Praticamente sem atrasos, os cinco shows aconteceram como previsto, reunindo um público de quase 20 mil pessoas. O line-up foi muito bem escolhido e isso tornou esta primeira edição muito bem sucedida, e também mostrou uma prévia de como será os shows das bandas no Rock in Rio – Festival começa está semana no Rio de Janeiro com os shows de Scorpions, Whitesnake e Helloween.
O festival fez uma viagem no tempo, com grandes hits, na melhor medida possível. Sem ser tão saudosista, as bandas apresentaram clássicos e músicas novas, mostrando que não pararam no tempo e sem ocultar que o tempo também passou. Os shows mostraram a realidade dos artistas nos tempos atuais e que idade não segura ninguém, além de que continuam com o mesmo talento.
A abertura do festival contou com a banda nacional Armored Dawn, que realizou um show curto, mas empolgante, além de representar o metal nacional em um festival desse porte. O ápice foi a homenagem que a banda fez ao vocalista André Matos, que faleceu este ano. Armored Dawn vem crescendo cada vez mais e conquistando fãs fiéis.
O público ia chegando conforme entardecia, o Europe tocou para o estádio meio vazio, mas mostrou que é mais do que apenas “The Final Countdown”. A banda aqueceu o público que não conhecia muito além dos dois maiores hits da banda e que não sabia muito o que esperar do show. O público se empolgou mesmo e cantou os hits, obviamente, “The Final Countdown” e “Carrie”.
O clima começou a esquentar quando a banda Helloween subiu ao palco. Eles foram convidados de última hora para substituir a banda Megadeth, que precisou cancelar todos os shows marcados devido ao tratamento contra o câncer do vocalista Dave Mustaine. Helloween foi muito bem recebido pela legião de fãs que a banda sempre carregou.
A banda fez uma redução do set de mais de duas horas que vêm apresentando na turnê “Pumpkins United World Tour” – que já passou pelo Brasil em 2017. Unindo todas as fases da banda, com ex-integrantes Andi Deris, Michael Kiske e o guitarrista Kai Hansen, a apresentação foi um verdadeiro espetáculo. Os integrantes têm presença de palco incríveis com movimentos ensaiados e técnica dos integrantes impressionantes.
O estádio estava praticamente lotado para um dos shows mais aguardados da noite. Whitesnake começa o show como de costume, convocando seus fãs a se aproximarem do palco com o áudio da música “My Generation”.
O astro David Coverdale e a banda surpreenderem a plateia, com uma camiseta com a bandeira do Brasil estampada, David esbanja energia, faz poses sexuais, manda beijos e sorri o tempo todo. Com hit atrás de hit, a banda fez uma apresentação de tirar o folego, ainda mais com o auge que foi protagonizado pelo baterista Tommy Aldridge, de 69 anos, que fez um solo enorme, e em certo momento, ele larga as baquetas e continua o solo com as mãos, causando aflição e tirando gritos e expressões impressionadas do público. O público enche os pulmões e cantam com toda a força os diversos sucessos do Whitesnake, que encerra o show com, com “Burn”, cover do Deep Purple.
Durante o intervalo, enquanto o público aguardava o show do Scorpions, o telão exibia a mensagem para um grande anúncio: Kiss vem ao Brasil com a “End of the Road World Tour” em maio de 2020, com realização da Mercury Concerts.
A banda esperada para fechar a noite, os astros do Scorpions, começam com superprodução com telões de led, animações em 3D e um grande jogo de luzes.. A qualidade técnica de todos os integrantes é impressionante, mesmo com a idade, mostraram que ainda tem muito talento para oferecer aos fãs, principalmente o guitarrista Rudolf Schenker, quec orre, pula, faz graça e toca com energias impressionantes.
O show foi animador, com músicas novas e os clássicos, com direito ás baladas acústicas, que foram cantadas com toda força pelopúblico. Assistir ao vivo “Send Me an Angel”, “Wind Of Change” e “Still Loving You” é emocionante e satisfatório. O show também contou com um grande solo de bateria, desta vez, a cargo do Mikkey Dee, cuja plataforma onde fica na bateria é suspensa por correntes. Algo impressionante de ver.
O público saiu do show realmente satisfeito, era possível ver a emoção e satisfação de estar ali e presenciar os shows desses grandes nomes do Rock e Metal. O festival, que foi bem sucedido, também mostrou que a música pesada continua em alta.