O Lyria é uma banda de Metal Sinfônico natural do Rio de Janeiro, que atualmente é reconhecida com um dos maiores nomes do Metal Nacional no cenário independente. A banda tem grandes fãs já fora do país, principalmente nos Estados Unidos e Europa, e a popularidade só vem crescendo.
Além da vocalista e fundadora, Aline Happ, a banda ainda conta com Rod Wolf na guitarra, Thiago Zig no baixo e Thiago Mateu na bateria.
A banda está divulgando o seu mais novo álbum, “Immersion“, que foi lançado no dia 11 de abril de forma independente, depois de uma campanha de arrecadação crowdfunding. Durante o financiamento coletivo, a banda ultrapassou os 11.500 dólares necessários para a produção do “Immersion” e do clipe “Hard to Believe” e arrecadou 13 mil dólares (cerca de 40 mil reais).
Gentilmente, através de sua assessora Julia Ourique, a banda concedeu uma entrevista exclusiva para o redator Marcos Gonçalves, da Roadie Metal, com a vocalista e fundadora da banda, Aline Happ, respondendo as perguntas. Abaixo você confere a entrevista na íntegra:
MG: Primeiramente, parabéns pelo trabalho. Vocês são uma grande banda com potencial enorme. Me lembro de escutar o som de vocês pela primeira vez em 2017, há menos de um ano, por meio de recomendações das redes sociais que associaram vocês ao Epica, que eu escutava muito na época. Vocês recebem muito esse tipo de comparação?
A: “Obrigada! Sim, algumas pessoas nos associam com bandas do estilo como Epica, Evanescence e Nightwish, por exemplo. Acredito que seja comum essa associação, pois as pessoas tendem a comparar com bandas que eles admiram.“
MG: Como começou a banda? Qual foi a primeira vez e qual de vocês parou e pensou: “Quero formar uma banda?”
A: “Todos tinham o desejo de viver de música, mas nós ainda não nos conhecíamos. Na verdade, quando eu tinha 13 anos, eu já tinha uma ideia de formar uma banda profissional, mas era algo muito distante ainda. Em 2012, eu trabalhava com marketing em uma empresa e percebi que era hora de tomar uma decisão. Optei então em seguir com a música e fundei o Lyria.“
MG: Sua voz, Aline, é uma das mais belas que já ouvi. Com qual idade você percebeu que tinha esse dom? Você fez aulas de canto? Digo isso pois a afinação da sua voz é praticamente perfeita.
A: “Obrigada. Sempre gostei de cantar. Uma das maiores influências foi o desenho da Baleia Cantora (Whale that sang), uma baleia macho que cantava ópera. Também via os desenhos da Disney com as princesas cantando e isso sempre me cativou. Apesar de cantar em casa desde cedo, comecei as aulas de canto aos 13 anos. Estudei canto popular e lírico e foquei mais na mistura dos dois vocais que é a minha forma de cantar.“
MG: “Immersion” aborda temas como autismo, ansiedade e depressão. De onde partiu a ideia dos temas? São de experiências pessoais ou fictícias?
A: “Tudo que escrevo são sobre situações que presenciei ou vivi. Eu realmente ponho muito sentimento no que eu escrevo. Desde o ‘Catharsis‘ (2014), a ideia é sempre trazer algo positivo nas músicas, pois eu acredito que a música tem o poder de nos transformar e fazer com que a gente possa transformar o que está em nossa volta em algo melhor.“
MG: Sei que a música “Jester”, do seu álbum anterior, é uma das mais bem-sucedidas da banda. Ela já está no nível de que não pode faltar na setlist dos shows?
A: “Realmente, ‘Jester‘ não pode faltar em nenhum show. Acredito que por ser o primeiro clipe, ela se tornou muito querida. Acho que o público não deixaria a gente ir embora sem tocá-la… (risos). Mas as músicas novas também estão sendo muito bem recebidas: no primeiro show da turnê do ‘Immersion‘, que foi uma semana após o lançamento do álbum, o público já estava bem afiado e cantando tudo.“
MG: A base de fãs do Lyria na Europa e nos EUA é bem considerável. Como vocês diferenciam os fãs brasileiros dos fãs internacionais?
A: “No geral, nossos fãs são bem respeitosos e adoram colecionar itens da banda. Os fãs da Europa e dos EUA compram muito mais pela internet do que no Brasil. Acredito que aqui o pessoal ainda tem certo receio. Porém, nos shows os brasileiros gostam de adquirir vários produtos também. Outra diferença é que o público do exterior geralmente busca mais por novas bandas.“
MG: Ainda há muito preconceito dos próprios brasileiros com bandas nacionais. Muitas vezes reclamam de pagar R$20,00 em um show da banda da cidade, mas pagam R$500,00 em show de banda gringa. Qual o pensamento de vocês sobre isso?
A: “É verdade. Em todas as áreas existe ainda um pensamento de que o que é produzido no Brasil não é tão bom. Usamos o adjetivo ‘importado’ para dizer que algo é bom, ou até dizemos que algo tem ‘qualidade gringa’.
É engraçado, pois muitos ficam impressionados quando descobrem que somos brasileiros. Talvez porque para fazer música por aqui seja mais difícil, pois tudo é mais caro: instrumentos, gravação, equipamentos; e não existe um forte apoio midiático neste estilo também. Temos vários exemplos de bandas que só ficaram famosas no Brasil depois de fazer sucesso no exterior. O estranho é que alguns depois ainda vêm reclamar que a banda não canta em português, o que não é comum acontecer com bandas holandesas, alemães, finlandesas, etc.
De qualquer forma, nosso trabalho tem sido muito bem recebido. Na verdade, nos últimos shows, tinham diversas pessoas comentando justamente o quanto o ingresso estava barato (variava de R$ 30 a R$ 50).“
MG: Voltando ao novo álbum, falem um pouco mais sobre a composição do single “Hard to Believe”.
A: “‘Hard to Believe‘ surgiu de um riff do Rod em um ensaio. Gravamos para não perder a ideia e conversamos a respeito de como poderíamos fazer a música fluir. Meu marido estava no ensaio e trouxe uma ideia para o refrão. De madrugada, bateu uma super inspiração e veio a melodia toda na minha mente. Aproveitei para gravar e mostrar para o pessoal depois. Nesta mesma madrugada criei e gravei a melodia de ‘Run to You‘.“
MG: Em minha audição de “Immersion”, minhas faixas favoritas foram “Let Me Be Me”, “The Rain”, “Give You Just A Minute”, “Last Forever”, “Hard To Believe” e “Run To You”. Entre vocês, quais são as faixas favoritas?
A: “Muito difícil escolhermos uma ou algumas favoritas. Também depende muito do momento. Se você escolheu seis, então vamos escolher onze, (risos)!“
MG: Em algum momento vocês pensam em gravar alguns covers de outras bandas?
A: “A princípio, covers não, mas versões de músicas fora do nosso estilo. Por exemplo, nós já tocamos ‘Let It Go‘ do filme Frozen (inclusive essa nossa versão faz bastante sucesso entre nossos fãs) e ‘Crawling‘ do Linkin Park, a qual também sempre emociona, principalmente pela trágica perda.“
MG: Deixem um recado para o site Roadie Metal, a Voz do Rock!
AH: “Obrigada pela entrevista.
Para quem quiser nos conhecer melhor, curta e siga a gente no Facebook, Instagram, Youtube. Os clipes de ‘Hard to Believe‘, ‘Jester‘, ‘Revenge‘ e outros estão no Youtube e no Facebook.
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Temos CDs autografados, camisas e muito mais em nossa loja online desenvolvida especialmente para o Brasil. Também temos tudo isso em nossos shows no nosso stand. Um grande abraço para nossos fãs, nosso Lyria Army!“
MG: Muito obrigado pela entrevista, desejo muito sucesso; sigam esse caminho, que é o certo. Muitas coisas grandes ainda estão por vir. Parabéns!
Ouça “Immersion” no Spotify:
A banda se apresenta no próximo dia 14 de Julho, sábado, em Taubaté, São Paulo, no Megarider Festival, que acontece no Fashion Vale Outlet.
Endereço: Avenida Dom Pedro I, s/nº – Granjas Reunidas São Gonçalo – Taubaté/SP
Ingressos: R$20 (boleto e cartão – três dias do evento)
Compre online: https://goo.gl/B7yT58
Evento: https://www.facebook.com/events/484385385328825/
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