E eis que mais um capítulo da novela “Sepultura x irmãos Cavalera” surgiu, e já começa a dar sinais de que a coisa é mesmo pessoal.
O Sepultura enfim ganha o tão aguardado documentário comemorativo de trinta anos de carreira. Mas para a surpresa (ou nem tanto assim), Max e Iggor Cavalera não permitiram o uso de suas músicas. Segundo Otávio Juliano, diretor da película: “Não é nem a utilização de material antigo sendo usado no filme, é a atual banda tocando tais músicas. Mesmo assim, nós não estamos podendo utilizar da maneira que gostaríamos tal material.”
Tudo bem, sou ciente da tal lei de direitos autorais. Mas estamos falando de um documentário não somente importante para o atual Sepultura, mas também para os dois irmãos. Porém, a constante troca de farpas, quase que 100% das vezes, iniciadas por Max ou Igor parece ficar mais clara a cada capítulo que é motivada por um único sentimento. Ego!
Otávio ainda alega que além dos irmãos, Andreas Kisser e Paulo Xisto também são autores, e detém 50% dos direitos. Houve inclusive uma forma de protesto na durante a estreia no último domingo (21/05), onde as cenas com Max e Igor tocando ficaram no volume minimo.
Já há um bom tempo que os irmãos Cavalera deixaram o Sepultura. Mas o que deveria ser um sentimento de orgulho em ter alicercado um dos grandes nomes não somente do cenário nacional, mas mundial, mostra que os dois ainda não tiveram maturidade suficiente para superar a situação. Uma pena, pois músicos de renome ainda maiores jamais mostraram tal comportamento ao deixarem seus respectivos grupos. Será que o ego dos dois é maior que a paixão dos fãs?
Sinceramente penso que as duas “crianças” já estão na hora de parar com essa coisa de: “Tô mal de você…corta aqui…e não fala mais comigo”. O Heavy Metal acima de tudo é uma irmandade, e sem dúvidas, não há espaço para babaquices desse nível. Os dois são pessoas novas, e ainda há tempo de rever todos esse conceitos. Fica aqui a torcida e a esperança que um dia a ficha caia para os dois que o Sepultura é bem maior que qualquer disputa de ego. Nós, os fãs, não merecemos isso.