Uma banda que, literalmente, passa por cima de quaisquer obstáculos e não para de crescer, de avançar! O Torture Squad fez, em 4 de outubro deste ano, uma apresentação inesquecível no Dia do Metal no Rock in Rio, tanto para os que estavam na plateia, quanto para os que estavam em cima do palco. Veja o que o baixista Castor nos contou sobre o histórico momento vivido por sua banda!
Roadie Metal – Gostaria de começar essa entrevista parabenizando-os pela grande apresentação no Rock In Rio! Como foi a sensação de estrear no Festival, subindo no Palco Sunset?
Castor – Uns 10 minutos antes de subirmos no palco, um filme começou a passar na minha cabeça. Desde criança quando vi pela TV a primeira edição do festival de 85 e depois, já adolescente, a segunda em 91, que foram as duas edições que mais me marcaram. Daí então chegou a hora da minha banda subir no palco do Rock in Rio em 2019! Uma sensação de conquista, resultado de 26 anos de batalha, segurando vários rojões, que daí você percebe o quanto gratificante é conquistar seus objetivos com o próprio suor!
RM – Amílcar Christófaro deu uma declaração agradecendo a Andreas Kisser, do Sepultura, pela indicação para integrar o cast do Festival! Como vocês veem atitudes como essas? O que ações assim representam para o Metal Nacional?
Castor – O Andreas realmente conhece as 3 bandas, o trabalho de todas elas. Achei muito coerente a indicação dele pra essa edição no palco Sunset. São bandas que realmente estão na estrada, se doando a cada dia pela sua música, dedicando 100% da sua vida ao seu trabalho! Acho que se você realmente tem esse amor e dedicação a sua música, trabalhando duro, uma hora seu nome vai cair nos ouvidos de pessoas que vão querer dar uma força e ter total confiança em você!
RM – A apresentação da banda ocorreu em conjunto com o Claustrofobia. Como foi a experiência de dividir o palco com eles? De onde partiu a ideia de unir Claustrofobia, Torture Squad e Chuck Billy (Testament)?
Castor – Somos amigos dos irmãos D’Angelo desde 1995! Desde então, a nossa amizade se solidificou. Temos muitas coisas em comum em nossa carreira, foi a melhor escolha em ter o TS e o Claustro juntos nesse momento tão especial para nossas bandas e pra nossa cena! A ideia dessa jam veio logo em seguida do convite que o Andreas nos fez, curtimos muito essa ideia e desafio!
RM – E como se deu a dinâmica dos ensaios conjuntos?
Castor – Nós do Torture Squad começamos a alguns meses, antes do dia do show, a dedicar um dia da semana somente para ensaiar o repertório do Rock in Rio. O pessoal do Claustro estava em uma extensa tour nos States e a gente meio que definia algumas coisas com eles através de mensagens. Quando eles voltaram, 2 semanas antes do festival, marcamos um ensaio juntos já pra acertar os detalhes e sentir a vibe do set. Foi incrível, rolou tudo certo! O próximo passo era ensaiar com o Chuck Billy um dia antes do show. A organização do Rock in Rio disponibilizou um estúdio, o Play Rec no Rio, pra gente poder fazer o ensaio com o Chuck. Ele chegou lá, muito simpático e dando atenção a todos. Passamos o set com ele umas 2 vezes e rolou! Ficamos muito felizes pois isso nos deu mais segurança para a apresentação pro dia do show!
RM – Vocês dividiram a execução de “Practice What You Preach” com Chuck Billy, enquanto que o Claustrofobia ficou com “Disciples Of The Watch”. A escolha se deu entre as bandas ou foi Chuck quem definiu?
Castor – Foi decidido entre as duas bandas. Mandamos a nossa ideia pra ele antes, das músicas que escolhemos pro show, e ele curtiu. A ideia foi o Claustro começar com “Disciples of the Watch”, depois o TS com “Practice What You Preach”, então todos juntos em “Electric Crown”.
RM – Dentre todo o catálogo de clássicos do Torture Squad, vocês tiveram que pinçar três canções. “Blood Sacrifice” foi a representativa do excelente último álbum “Far Beyond Existence”. O que motivou a decisão pelas outras duas, “Raise Your Horns” e “Horror And Torture”?
Castor – Muito difícil, aliás, escolher 3 músicas pra um festival como esse (Risos)! Tentamos resumir a carreira do TS em 3 músicas, as que trazem todas as características de composição da gente.
RM – A cearense Alinne Madelon, vocalista da banda The Knickers, participou do clipe de “Blood Sacrifice”, incorporando a deusa hindu Maha Kali, e repetiu essa performance no palco do Rock In Rio. Como nasceu essa parceria junto ao Torture Squad?
Castor – A Mayara já tinha contato com ela a alguns anos. Conhecia o trabalho dela, além de dançarina, como vocalista da banda The Knickers. Quando estávamos planejando o clipe de “Blood Sacrifice”, a May teve a ideia de convidá-la pra representar a deusa hindu Kali, na qual é retratada na letra. Quando recebemos o convite para o Rock in Rio, surgiu a ideia de trazê-la para fazer a introdução do nosso show na própria música “Blood Sacrifice”.
RM – Saindo um pouco do tema do Festival, o Torture Squad lançou, recentemente, um Split com a banda Living Metal, intitulado “Living For Torture”. Como foi a gênese desse projeto?
Castor – Surgiu através da produtora Music Media Metal, que as nossas queridas Luana Di Sessa e Prika Amaral montaram para começar um novo trabalho pra ajudar no crescimento da nossa cena!
RM – A banda está preparando o lançamento de “Torture Years”, uma coletânea, cuja definição do tracklist está sendo feito em conjunto com a opinião de fãs, através de votações na internet. Como está caminhando a realização desse trabalho? Para quando podemos esperá-lo?
Castor – Está sendo bem interessante ver as opiniões dos fãs do TS na escolha de suas músicas preferidas! A Roadie Metal está na organização desse projeto que está sendo muito massa! Creio que até o fim deste ano esteja disponível nas plataformas digitais essa coletânea especial.
RM – Agradecemos pela entrevista e deixamos esse espaço para que a banda fale agora sobre seus próximos passos! O que está sendo programado em termos de discos e turnês?
Castor – Estamos embarcando para uma turnê na América Central que começa dia 15/11 até 01/12, fazendo 9 shows em 4 países, incluindo o renomado Mexico Metal Fest. Estamos com material para o novo álbum que pretendemos gravar no começo de 2020.