Se existe um nome do Metal capixaba que mais vem ganhando espaço no Brasil e também fora dele, este nome é o THE DEVILS! Um dos fundadores e idealizadores da NWOBRHM fala tudo e um pouco mais sobre os atuais trabalhos, projetos futuros, curiosidades e muitos mais. Confira:

Primeiramente muito obrigado pela entrevista. Como surgiu a banda The Devils?

The Devils: Opa, nós que agradecemos muito pelo convite, aqui quem vos fala é o Izzy, vocalista. Então, a banda surgiu quando dois moleques ainda não tão “pinguços” se conheceram no ensino médio (Eu e o Yan Barbosa, guitarrista), na época a gente matava aula para comer coxinha nos terminais rodoviários por aí (não façam isso crianças!), e trocar uma ideia sobre música e projetos futuros. Não muito depois entraram o irmão do guitarrista na bateria, Daniel Bins, e. por ultimo. Murilo Larrubia. no baixo. para completar a maldade toda, todos com uma coisa em comum: a paixão pela música e a vontade de compor sempre crescente.

Já passaram por mudanças de formação? Fale sobre a atual formação da banda.

Izzy: Não, são todos integrantes originais citados na primeira resposta: Izzy no vocal, Yan Barbosa na Guitarra, Daniel Bins na bateria e Murilo Larrubia no contrabaixo.

The Devils é uma banda que já possui um EP ‘First Time, Homemade’ – que em breve estará disponível nas principais plataformas digitais, via Sangue Frio Records – e agora está partindo para o seu debute álbum. Como funciona o processo de composição do grupo?

Izzy: A banda tem um processo de composição muito natural, todos da banda compõe e se reúnem para trabalhar nas músicas, onde geralmente o integrante a leva crua para a banda, e cada um trabalha em seu arranjo especifico e indica possíveis modificações. Basicamente isso. P.S.: Com bastante álcool envolvido (risos).

– Baixe aqui: http://www.thedevils.com.br/

‘We Are The Devils’, novo trabalho que será lançado no primeiro semestre de 2018, vem sendo muito bem elogiado, e ele realmente é uma obra prima para quem curte o bom Heavy Metal. Conte-nos como se deu o processo de composição deste trabalho, e o que ele representa na história de vocês?

Izzy: Representa uma fase 100% nossa, bem próximo do som que sempre havíamos procurado, com técnicas, influências e sonoridade um pouco diferente do primeiro EP, então para nós será um marco de nossa identidade sonora e visual nesse momento. As músicas todas já são tocadas em shows desde 2015, então os capixabas já sabem o que esperar do álbum.

Como já informado, terá um novo trabalho que dará as caras esse ano. Na visão de vocês, o que podemos esperar deste material?

Murilo: Acredito que, diferente do primeiro álbum, o ‘First Time, Homemade’, nós conseguimos colocar toda a energia do nosso show dentro de um CD, de uma maneira muito mais próxima do que somos ao vivo, com várias peculiaridades e improvisos que são idênticos aos que acontecem em nossos shows. Posso citar como exemplo, o fato de termos apenas um guitarrista no CD inteiro, ou seja, os solos não têm guitarra-base. Por conta disso, eu tive que trabalhar as vezes também como guitarrista-base, algo parecido com Geezer Butler, Geddy Lee, John Entwistle, Jack Bruce e Billy Sheehan. Tocar assim, como já faço nos nossos shows, saca?

Eu acho que o Yan destruiu nos solos, muito feeling e apenas a técnica necessária para desenvolver aquele feeling, do jeito que tem que ser. O Daniel na batera foi fenomenal, ele sempre consegue me surpreender – a gente tem um entrosamento que as vezes me assusta. O Izzy é a nossa cara e para mim, é o nosso maior diferencial.

O mais maneiro foi ter uma música instrumental com um tema interessante gravada 100% no improviso, só na cachaça, feeling e imaginação (“Nymphomaniac – Part 3”).

Como é o ritmo de ensaios e produção da banda?

Murilo: A gente ensaia todos os sábados, sem exceção. É o que a gente chama de “Devil’s Church”, pois nesse dia, religiosamente, das 13h às 18h, estamos nós quatro colados na casa dos irmãos Bins bebendo e fazendo barulho, nem que seja só para se divertir. Para gente isso é o mais importante, pois é o que nos mantém unidos, capaz de produzir coisas muito melhores sempre, a cada fim de semana.

Sabe, tocar com pessoas que você se diverte no dia a dia é a melhor coisa do mundo. E isso torna a produção do trabalho mais divertida, e os resultados saem muito melhores. Por isso que a gente produz tanta coisa. Para ter uma ideia, na “Devil’s Church” de ontem já vieram  ideias para quatro músicas novas, que agora vamos nos reunir e “matar” uma por sábado para já começar a tocar nos shows de abril.

Hoje, como você classificaria o trabalho do grupo? Quais as principais influências da banda? Nos fale mais sobre a NWOBRHM.

Murilo: É muito bom ser reconhecido na rua, ver pessoas andando por aí usando a camisa da sua banda. Porque a gente entende que aquilo foi feito com o nosso suor! E as pessoas usam a camisa com orgulho da gente, orgulho de ter The Devils aqui no Espírito Santo. Por isso, consideramos o trabalho excepcional, pois nada nesse mundo paga o que estamos vivendo, mesmo sem ter grana pra comprar encordoamento novo…

As nossas influências são todas as bandas do NWOBHM dos anos 80, e alguns dos grandes mestres do Heavy Metal e Rock and Roll: Diamond Head, Motorhead, Iron Maiden, Black Sabbath, Metallica, Megadeth, UFO, Rush, Led Zeppelin, Deep Purple, Pink Floyd, Mr. Big, Slayer, Tankard, Van Halen, The Who, Yes, KISS, AC/DC, Skid Row, e tudo dentro desse antro de monstruosidade.

A NWOBRHM é um termo que a galera já vem usando no Brasil faz tempo, a gente só acrescentou um “R” para poder ajudar a Devils e todas as bandas a se ranquear no Google. Brother, se todas as bandas de metal usarem esse termo na fanpage delas, a gente vai conseguir crescer, todo mundo junto, pois quanto mais vezes o texto é escrito, mais pra cima ele vai no ranqueamento das pesquisas do Google. É só jogar o termo no título da banda/no “sobre”, usar a #NWOBRHM e deixar rolar.

Funciona assim: quando alguma pessoa quiser procurar uma banda nova de metal brasileira e for no Google digitar “new wave of brazilian heavy metal” ou “NWOBRHM”, vai achar as bandas que usarem essa tag. É como se fosse uma máscara de guerra, saca? Seria um selo da união das bandas de Metal do Brasil. Não é nada nosso, ninguém vai ficar monitorando isso, entendes? É um nome de todo mundo, a gente só quer fazer isso crescer, unir as bandas e também ganhar força no cenário nacional. O NWOBRHM, em resumo, é a sua banda ajudando a organizar a informação digital sobre você pra quem procura por ela.

Qual o conselho que você daria para os músicos e bandas que estão começando e querem desenvolver um trabalho sério?

Izzy: Nunca desistam, nunca abaixem a cabeça perante dificuldade alguma, acreditem em vocês, acreditem no potencial e em seu trabalho, e sempre, SEMPRE busque estudar e evoluir a todo instante. Quando você acredita no que faz, os outros acreditam também.

Murilo: Nunca use a frase “ele está fazendo menos do que eu”. Faça o seu e corra atrás o tempo todo. Você tem que ser melhor do que você foi ontem, não melhor do ninguém. Em resumo, seu parâmetro deve ser sempre você mesmo. Bota a faca entre os dentes e parte pra cima. Se cair, fique feliz, pois cada queda é um aprendizado novo para não cair mais.

 

Além do trabalho de estreia, quais serão os próximos passos do grupo? Vem uma turnê por aí?

Murilo: Estamos correndo atrás de montar um e-commerce nosso para vender nossas canecas, camisas, rapés, porta-latão, imã de geladeira, posteres, quadros, tampa de privada, cachaça artesanal, zarabatana, adesivos, CDs etc, e também produtos de qualquer banda que quiser usar o nosso e-commerce pra vender qualquer coisa (teremos uma aba exclusiva para parceiros, a loja NWOBRHM). Tá uma luta para terminar isso, toda hora um problema novo, mas em breve estará no ar.

Também estamos procurando parceiros, pessoas que fazem booking pra conseguir essa turnê! Nós fazemos tudo com os próprios braços e não temos ideia de como se organiza uma turnê. Caso alguém esteja vendo uma possibilidade de ganhar grana com a gente, bora mandar e-mail para mim (murilo@thedevils.com.br) que estamos doidos querendo rodar o Brasil e conhecer os nossos fãs de Minas Gerais, São Paulo, Brasília, Manaus, Tocantins, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e afins. É legal ressaltar que mesmo tendo fãs em tudo que é canto do país, só uma média de 40% dos acessos ao site é feito por Brasileiros, o resto é tudo gringo (Japão é forte).

E a gente já está compondo doido para lançar mais um álbum. Temos 6 músicas com ideia e melodia prontas, só falta finalizar. A partir do próximo sábado (24), já começamos a escrever a primeira música: “T-72”. E com certeza vamos postar vídeo do ensaio lá no Instagram para todos verem como tá ficando massa!

Obrigado pelo tempo cedido. Parabéns pelo grandioso trabalho, e esperamos ansiosos pelo novo trabalho. O espaço agora é seu para as considerações finais.

Murilo: Muito obrigado a vocês pelo espaço, pelo grandioso trabalho feito no site da Roadie Metal que já acompanhamos faz tempo. A gente lutou anos pra esse CD sair, ouvir um elogio de vocês, a Roadie Metal, é foda demais pra gente, obrigado mesmo. É uma honra poder estar aqui colocando nossas palavras. Obrigado também a todos os (as) bangers, bora movimentar a cena! O Rock and Roll e o Heavy Metal precisam de mais bandas e mais movimento dos fãs!! Sigam as bandas nacionais, curtam, comentem e compartilhem seu material. Quanto mais gente compartilhando, comentando ou simplesmente curtindo, mais pessoas vão ver o som e melhor vai ser para o nosso país. Tudo no mundo é vibração, então bora botar essa “budega” para vibrar, para movimentar. We Are The Devils!

Formação atual:
Izzy (vocal);
Yan Barbosa (guitarra);
Murilo Larrubia (baixo);
Daniel Bins (bateria)

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Nota: Entrevista conduzida pela Sangue Frio Produções.