Morreu no dia 20/07 o vocalista da banda Linkin Park Chester Bennington, segundo noticiários, através de suicídio por enforcamento. O que abalou a comunidade musical além de fãs da banda, gerando comentários e manifestações públicas de pesar, tristeza e por incrível que pareça, chacota. Algo importante e triste de se ressaltar em meio a tudo isso, é que apesar das circunstâncias trágicas em que o falecimento do artista se deu, ainda se veja tão massivamente em meio às redes sociais, comentários chistosos e até mesmo preconceituosos acerca de depressão e os motivos que podem levar um ser humano a atentar contra a própria vida.
Ao observar a capacidade do ser humano de comportar-se de maneira tão apática frente a uma tragédia, é impossível não constatar que é preciso sim falar mais sobre depressão e a angústia que é viver com a mesma, ou com pessoas que dela sofrem. As pessoas precisam entender que isolar-se, não querer se alimentar, ter pensamentos suicidas, manifestar tristeza com a própria existência mesmo que pareça que se tem “tudo que uma pessoa pode sonhar” não pode nem deve ser classificado ignorantemente como “frescura” ou muito menos pode-se dizer que a pessoa “quer apenas aparecer”.
Ainda, é extremamente triste para qualquer ser humano que tenha o mínimo de empatia pelo próximo, ver que os ditos haters, são capazes de colocar o fato de não gostar de determinado trabalho artístico, acima do fato de sermos todos humanos e que esse episódio fatídico possa acontecer com qualquer um de nós ou com alguém próximo a nós. Aparentemente, não perder a piada e aparecer a qualquer custo, é mais importante do que respeitar a dor alheia. Falo aqui não como um fã da banda, pois admito que nunca a acompanhei e conheço no máximo quatro ou cinco canções. Mas digo aqui como músico, ser humano e artista: RESPEITEM A MORTE DE QUEM TOCOU UMA GERAÇÃO INTEIRA E FEZ PARTE DA VIDA DE MILHÕES DE OUTROS SERES HUMANOS! E por último porém não menos importante, aquele ditado que diz “na falta do que falar, cale-se” se aplica muito bem ao contexto. O mundo já tem muita gente ruim, não precisa de mais.